A decisão de emprestar Alexandre Pato ao São Paulo custou bem mais ao Corinthians do que o pagamento de metade do salário do atacante, no valor de R$ 400 mil, durante o período em que ele estiver no rival. O Timão precisou arranjar do dia para a noite R$ 3 milhões para quitar todas as pendências com o jogador.

Foi a condição imposta por Pato para aceitar a troca por Jadson e a permanência no Tricolor até dezembro de 2015. A dívida de R$ 3 milhões

se acumulou porque o Corinthians devia parte do prêmio pela assinatura do contrato e havia atrasado o pagamento dos direitos de imagem ao longo de três meses seguidos.

O presidente Mario Gobbi ainda pediu ao agente de Pato que aceitasse o parcelamento das pendências e ouviu um “não”. Até por isso, o negócio chegou a ficar ameaçado — tanto que o anúncio oficial da troca só ocorreu dois dias depois da confirmação do São Paulo de que havia fechado com ex-atleta do Milan.

Desde o empréstimo, o Timão já desembolsou outros R$ 2,8 milhões com salários. A expectativa no clube é de que ele seja vendido em dezembro para o mercado europeu.

Panelinha - A amigos, Pato garante que encontrou dificuldade em se firmar no Corinthians por causa de Emerson Sheik. O atacante tinha ciúmes do salário de Pato e fazia de tudo para jogá-lo contra o resto do elenco.

Do sofá – Nem Pato, muito menos Jadson. Tanto o são-paulino quanto o corintiano não vão para o Itaquerão assistir ao clássico de hoje — por contrato, eles estão impedidos de enfrentar os antigos clubes.

Negócio da China – Toda vez que fala com os conselheiros sobre Pato, o presidente tricolor Carlos Miguel Aidar é só sorrisos. “O que a gente paga por um craque como ele é o que se gastava com o Pabón”, revela, referindo-se ao atacante colombiano.