Enquanto tentava tirar o Corinthians da fila nos anos 60 e 70, Roberto Rivellino viveu período de rivalidade forte com o arquirrival Palmeiras, que vivia sua segunda Academia de Futebol, conquistando o bicampeonato brasileiro em 1972 e 1973. Ídolo do Timão, Riva deixou o clube após a derrota na final do Campeonato Paulista de 1974, exatamente para o Alviverde. No ano do centenário alviverde, o Reizinho do Parque lamenta a atual situação da equipe rival e brinca que, diante do novo cenário, seria melhor enfrentá-la nos dias de hoje.

- Era um baita de um time, a Academia. Era bom pegar o Palmeiras agora, né? Seria mais fácil, teoricamente. Mas o clube tem tradição, Palmeiras é Palmeiras. Os jogadores passam, o clube fica e o que o Palmeiras já teve de grandes jogadores, o que já foi campeão e o que já mostrou, enfim, sempre vai ser Palmeiras - comenta.

Para o ex-jogador, hoje aos 68 anos, a rivalidade entre os dois clubes paulistanos nunca irá diminuir, mesmo com as fases antagônicas vividas pelos dois nos últimos anos.
- Rivalidade sempre vai existir. Não é bom para o futebol brasileiro o Palmeiras estar nesta situação.

O bom seria tê-lo disputando títulos. Mas por má gestão e desorganização ele vive essa situação. E tem o risco de voltar para a Série B de novo. Espero que se recupere e que possa manter essa rivalidade forte - projeta.

Titular da Seleção campeã mundial em 70, Rivellino jogou no Timão entre 1965 e 1974, com 144 gols. O principal título que teve no clube foi o Torneio Rio-São Paulo de 1966, mas durante toda passagem pelo Parque São Jorge almejou um título de maior dimensão. Neste ano, recebeu um busto em sua homenagem nas dependências do clube.



Rivellino foi o convidado de Alexandre Oliveira no Arena SporTV