Torcida do Timão comemora na Arena

O Corinthians festeja hoje seu aniversário de 104 anos, mas os presentes que seus mais de 27 milhões de torcedores desfrutam ainda são advindos do centenário do Timão, comemorado no “longínquo” 2010.

Nos últimos cinco anos, os sonhos de levantar as taças de Libertadores e Mundial, bem como de construir e equipar seus próprios centro de treinamento e estádio, tornaram-se realidade para o campeão dos campeões.

A revolução vivenciada pelo Corinthians nos últimos anos teve início em 2007, com um dos mais tristes capítulos da história alvinegra: o rebaixamento à Série B do Brasileirão.

Sob comando do corintiano declarado Andrés Sanchez, o clube se reformulou e, entre Paulistão, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, voltou a figurar entre os primeiros do esporte bretão.

– Assumi o Corinthians em 2007 com tudo arrasado. Era como uma Faixa de Gaza. Conseguimos resgatar a dignidade de ser corintiano. Não sou nenhum mágico, não quero me vangloriar. É só fazer o simples. Trazer o Ronaldo foi como trazer outro jogador – comentou o ex-presidente do Timão, Andrés Sanchez.

Foi somente nos anos seguintes à festa dos cem anos, no entanto, que os mais doces frutos puderam enfim ser degustados pela faminta nação da “República Popular do Corinthians”. Motivo de piada contra alvinegros, a Copa Libertadores e a Arena Corinthians ganharam seus rascunhos, formas, contornos e acabamentos. De 2010 para cá, o Timão foi altaneiro como nunca antes havia sido em sua centenária história.

– Quando se falava em Itaquera, tinha um preconceito muito grande. Muita gente via em Itaquera um bairro de índios, animais. A ideia era um estádio humilde, para 40 mil pessoas. Foi um passo muito grande, talvez o mais ousado do Corinthians – disse Andrés Sanchez.

Com 104 anos nas costas e muita história para contar, cabe ao Corinthians continuar transformando seus tempos presentes em lição. O passado... Este já pode ser chamado de bandeira.