Mano Menezes ajustou o time do Corinthians para neutralizar Robinho, colocando Petros do lado direito para ajudar na marcação a ele, mas demonstrou irritação com a insistência nas perguntas sobre o atacante do Santos. A repetição do bom retrospecto do jogador em clássicos anteriores fez o técnico perder a paciência.

"Por que tem que haver um incômodo? Só para criar polêmica. Sempre se pega uma coisa que é fora do contexto geral. O clássico é Santos contra Corinthians, Corinthians contra o Santos!", disse o gaúcho, falhando na tentativa de evitar novos questionamentos na mesma linha.

"Pensar individualmente, por mais importante que seja o atleta, não é analisar corretamente. Vimos uma Copa em que a questão coletiva se sobressaiu com sobras sobre a individual. Sei a importância do jogador, como tem o Kaká na volta ao Morumbi. Eles são atração, mas pode ter certeza de que o jogo vai ser decidido entre Santos e Corinthians, Corinthians e Santos", repetiu.

Mano recordou que o Santos faz campanha sólida no Campeonato Brasileiro, ocupando a sexta colocação. Embora veja possibilidade de crescimento do rival com o retorno do camisa 7, vitorioso nas duas passagens anteriores, o treinador pregou atenção com toda a formação bem comandada por Oswaldo de Oliveira.

"O que me incomoda é não se fazer uma análise mais profunda das coisas como elas são. Não vai ser o fato de o Robinho jogar que vai fazer o Santos vencer. Pode até fazer, mas o Santos está em que lugar? Está fazendo um bom Brasileiro, e, até agora, o Robinho não jogou. O Corinthians vai respeitar o Santos como equipe, assim como o Santos vai respeitar o Corinthians como equipe", comentou.

O gaúcho, por fim, minimizou o retrospecto do atacante contra o time do Parque São Jorge - sete vitórias e um empate em oito partidas -, lembrando que deixou Romarinho no banco contra o Palmeiras, sua vítima habitual. "Eu levava tão a sério o retrospecto que ele não iniciou o clássico, né? Continuo pensando o futebol 11 contra 11, equipe conta equipe."