Corinthians e Palmeiras serão julgados nesta quarta-feira (6), às 15 horas, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa das 258 cadeiras do estádio Itaquerão que foram quebradas por palmeirenses no clássico válido pela 12.ª rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo retrasado. Além de multa de R$ 100 mil, os dois clubes podem perder até 10 mandos de campo.

O time alvinegro vai alegar que foi vítima do ato de vandalismo da torcida do Palmeiras e, por isso, não pode ser considerado culpado, foi o que relatou o advogado João Zanforlin, que criticou a legislação.

— Levarei ao tribunal DVDs com imagens que mostram todo o aparato policial que foi montado para aquele jogo. Foi uma verdadeira operação de guerra, com policiais fortemente armados. Além disso, o Corinthians contratou mais de 80 seguranças particulares. O clube fez o que cabia a ele. Se você quiser punir o clube visitante, tem de denunciar o mandante também. Isso é um defeito do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

O Palmeiras vai seguir a linha de defesa do Corinthians e também alegar que todas as providências relativas à segurança do jogo foram tomadas pelo clube e que seria impossível controlar a ação individual dos torcedores. Para tentar escapar de uma punição, o departamento jurídico do clube alviverde também argumentará que está tentando identificar os responsáveis pelo quebra-quebra.

Na semana passada, o procurador geral do STJD, Paulo Schmitt, adiantou que o Corinthians foi denunciado apenas para cumprir o que determina o CBJD, mas que o alvo do órgão era o Palmeiras.

As 258 cadeiras quebradas na arquibancada inferior do setor sul do Itaquerão custarão R$ 45 mil aos cofres do Palmeiras — um acordo feito entre as diretorias antes do clássico determinava que eventuais danos causados pela torcida visitante seriam pagos pelo clube.