5/8/2014 16:20

Aposta de risco, Nilmar pode sofrer "maldição" árabe; lembre

Aposta de risco, Nilmar pode sofrer
Atacante de técnica indiscutível, Nilmar ainda assim é uma incógnita após dois anos no Catar
Foto: Karim Jaafar / AFP


dos nomes mais comentados no mercado do futebol brasileiro nos últimos dias e alvo de times como Internacional e Corinthians, o atacante Nilmar pode representar uma aposta de risco para o clube que quiser repatriá-lo. E não apenas pelos 30 anos ou pelo histórico famoso de lesões na carreira – atuando há dois anos no Catar, o ex-jogador da Seleção Brasileira pode ser mais um a sofrer da "maldição" de atletas que voltam de times árabes.

O mercado de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar se tornou opção forte para jogadores que buscam ganhar milhões em um curto período, para depois voltar ao País e retomar a carreira em um cenário mais competitivo. O problema é que a maioria deles retorna em declínio físico e técnico: o nível questionável dos torneios do Oriente Médio, além da rotina de treinamentos bem mais branda devido ao calor, pode fazer com que um atleta que tenha saído com moral do Brasil apresente um rendimento bem abaixo do esperado.

Às vezes a má fase dura alguns meses; em outras, nunca mais volta. Relembre a seguir casos de jogadores que não alcançaram as expectativas em seus retornos ao Brasil depois de um tempo faturando no mundo árabe.

Valdivia (Palmeiras, 2010)

Consolidado como ídolo do Palmeiras em sua primeira passagem entre 2006 e 2008, o habilidoso chileno foi destaque no Al-Ain, dos Emirados Árabes, nos dois anos seguintes. Repatriado pelo time alviverde em 2010, porém, nunca mais conseguiu repetir a constância de suas ótimas atuações anteriores. Sempre atrapalhado por lesões ou polêmicas extracampo, o camisa 10 teve vários bons momentos, mas jamais uma sequência que justificasse a alta quantia desembolsada pelo seu retorno. Hoje, vive impasse quanto a um possível retorno ao futebol árabe.

Daniel Carvalho (Atlético-MG, 2010)


Daniel Carvalho teve problemas com lesões e sobrepeso no Atlético-MG
Foto: Douglas Magno / Gazeta Press
Ex-ponta esquerda promissor, Daniel já havia decepcionado em seu primeiro retorno ao futebol brasileiro, no Inter, em 2008, após cinco anos no CSKA Moscou. E quando voltou do Al-Arabi, do Catar, para jogar pelo Atlético-MG, em 2010, o começo não foi diferente: com problemas de sobrepeso e lesões, sofreu bastante e chegou a ser descartado pela diretoria mineira. Só foi render bem no segundo semestre de 2011, quando engatou uma boa sequência no Campeonato Brasileiro – suas passagens seguintes por Palmeiras e Criciúma, porém, foram ruins, e ele encerrou a carreira profissional aos 30 anos.

Ricardo Oliveira (São Paulo, 2010)

Desde que deixou o Santos rumo ao Valencia em 2003, o centroavante só voltou ao futebol brasileiro duas vezes, ambas por empréstimo e para o São Paulo. A primeira passagem pelo Morumbi, em 2006, quando pertencia ao Betis, foi excelente; já a segunda, em 2010, quando já defendia o Al-Jazira, dos Emirados Árabes, não atendeu a todas as expectativas. Ricardo Oliveira sofreu com lesões e jogou só 15 partidas do Campeonato Brasileiro, marcando sete gols. O desempenho não foi péssimo, mas passou longe do jogador decisivo de quatro anos antes.

Rafael Sobis (Internacional, 2010)

Revelação do Inter, Rafael Sobis foi uma grande promessa que, apesar da carreira sólida e bem-sucedida, não atingiu as alturas esperadas no início da carreira. Após duas temporadas medianas no Betis, da Espanha, jogou entre 2008 e 2010 no Al-Jazira, dos Emirados Árabes. O retorno ao Beira-Rio em 2010 foi muito comemorado pela torcida, mas o atacante foi prejudicado por uma lesão e rendeu bem abaixo do esperado – apesar de ter participado do título da Libertadores daquele ano. Após o desastre contra o Mazembe no Mundial de Clubes no fim do ano, o Inter não renovou o empréstimo de Sobis.

Araújo (Fluminense, 2011)

Atacante revelado com destaque no Goiás, Araújo passou três anos no Al-Gharafa, do Catar, e foi anunciado como reforço do Fluminense para a temporada de 2011. No time carioca, porém, nunca conseguiu se firmar ou ter uma sequência de grandes atuações. No ano seguinte, já estava encostado no elenco tricolor, e acabou emprestado ao Náutico em maio de 2012.

Diego Souza (Cruzeiro, 2013)

O caso de Diego Souza é um pouco diferente, já que ele mal jogou no Oriente Médio. Sempre um jogador de altos e baixos na carreira, o meia saiu com moral do Vasco no meio de 2012 rumo ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Porém, três meses depois, já rescindiu contrato com o clube alegando falta de pagamento de salários. Só voltou a jogar no ano seguinte, quando foi a principal aposta do Cruzeiro para substituir Montillo, que rumava para o Santos. Não vingou, e no meio da temporada saiu para o Metalist, da Ucrânia, onde está até hoje.

Alex (Internacional, 2013)

Ídolo colorado entre 2004 e 2009 e com participação importante na conquista da Libertadores pelo Corinthians em 2011, o canhoto havia passado um ano no Al-Gharafa, do Catar, quando foi repatriado pelo Inter em julho de 2013. Os primeiros meses, porém, foram complicados, com Alex brigando com a reserva e tendo atuações bem abaixo da média à qual os torcedores do Beira-Rio estavam acostumados. Já na atual temporada, o nível do meia subiu, e ele é titular do time de Abel Braga.

Magrão (Náutico, 2013)

Outra vítima da "maldição" do mundo árabe foi o volante Magrão, ex-Palmeiras, Corinthians e Internacional. Após quatro anos nos Emirados Árabes defendendo Al-Wahda e Dubai Club, o veterano foi contratado pelo Náutico no meio de 2013 com um alto salário. Porém, só conseguiu jogar duas partidas antes de se machucar, e não voltou mais a vestir a camisa alvirrubra. No fim do ano, acertou sua ida ao América-MG.

Após conquistar a torcida do Corinthians com um futebol dinâmico e de excelentes chutes de fora da área, Bruno César trocou o Parque São Jorge pelo Benfica em 2011. Nunca se firmou no time português e passou o ano de 2013 no Al-Ahli, da Arábia Saudita. O Palmeiras se esforçou para trazer o meia por empréstimo nesta temporada, mas ele até agora passou longe de corresponder: visivelmente fora de forma, sofreu com uma lesão em abril e tem perdido espaço com o técnico Ricardo Gareca.



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