Negociação dependerá muito da quantidade dos interessados em adquirir os naming rights do estádio
Gazeta Press
Os publicitários corintianos temem que o fato de o novo estádio ser conhecido como Itaquerão, diminua o valor a ser cobrado na negociação com interessados em firmar um acordo de naming rights.
Eles reclamaram da Prefeitura, que colocou recentemente placas de sinalização viárias com o nome Itaquera, em alusão ao estádio, logo retiradas. E a Fifa também não poupou os interesses do clube, colocando nesta semana placas em inglês, indicando a Arena Corinthians com o nome Itaquera Stadium.
Para especialistas consultados pelo R7, a situação é contornável, mas exigirá muito mais gastos em campanhas publicitárias que vinculem o nome do local ao comprador dos direitos de colocar sua marca na arena. Um deles é o publicitário Washington Olivetto, chairman da W/McCann e corintiano declarado.
—Seria melhor não ter essa questão no momento de uma negociação e começar tudo do 0 a 0. Mas dá para se resolver isso com comunicação. A propaganda vai implantar o novo nome.
Empresas árabes já se mostraram interessadas. O pedido mínimo do Corinthians gira em torno de R$ 400 milhões.
Para o economista Francisco Faria Jr., da consultoria LCA, a quantidade de interessados é que vai determinar o valor da oferta.
— É uma questão de marcado, de lei de oferta e demanda. Se houver poucos interessados, eles poderão fazer mais exigências. O que vai definir será a quantidade de interessados. De qualquer maneira, um nome popular pode afetar o valor porque exigirá uma campanha maior de marketing. Mas acredito que seja plenamente contornável, já que a mídia terá um papel importante na divulgação do nome. Neste sentido interesses comerciais deverão prevalecer.
Ele acredita, no entanto, que o futebol está perdendo aos poucos seu caráter popular. E, como negócio, deveria ser tratado de outra maneira pelo governo.
— Pode ser que neste novo contexto o futebol dê mais dinheiro aos clubes. Mas, se é só um negócio, não entendo o porquê de o poder público tratar com tanta leniência dívidas grandes dos clubes com o INSS, por exemplo.
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