Enquanto a seleção brasileira viajava para Goiânia, onde enfrentará o Panamá em amistoso nesta terça-feira, Mano Menezes concedia entrevista coletiva após o jogo do Corinthians no Itaquerão – o mesmo estádio da abertura da Copa no próximo dia 12. Quis o destino, ou a vontade dos dirigentes da CBF, que o técnico não estivesse com a Seleção. Demitido em fins de 2012, para dar lugar a Felipão, Mano agora evita falar sobre a Copa do Mundo. E se explica.

Ele nega ter mágoa pela demissão e afirma que verá a Copa com um “olhar diferente”. “Mas vou ver”, garante.

Acompanhar, sim. Comentar, não. O técnico se negou a opinar sobre a seleção brasileira, justificou a decisão e revelou um convite: “Quem passou por lá não tem o direito de fazer comentários, que nunca serão encarados com normalidade. Até fui convidado a escrever sobre a Copa, mas pedi que me incluíssem fora dessa”.

Em sua defesa, Mano lembrou um episódio recente, que diz ter sido criticado por dizer que o Brasil venceria. “Alguns disseram que eu não falava na minha época que a seleção ia vencer. Falar dois anos e meio, até três anos antes é uma coisa. Vinte e poucos dias antes é outra coisa”, declarou o técnico antes de completar com o que soou como brincadeira.

“Imagina se falo que vai perder. Vão dizer que estou agourando, que sou pé frio... Então prefiro não tecer comentários”, disse.