O Corinthians avançou significativamente nas discussões sobre a possível transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Recentemente, uma assembleia pública foi conduzida no teatro do Parque São Jorge, reunindo conselheiros, sócios e torcedores para avaliar propostas, esclarecer dúvidas e discutir os impactos administrativos, jurídicos e financeiros que essa mudança poderia trazer. O tema, que anteriormente era cercado de tabus, houve evolução nos últimos meses e agora se configura como uma opção viável para o futuro da instituição.
No decorrer do encontro, diferentes modelos de gestão foram apresentados, cada um com enfoques distintos em governança, participação e captação de recursos. O modelo mais elaborado, denominado “SAFiel”, propõe a inclusão direta da torcida como acionista e a formação da empresa Invasão Fiel S/A para gerenciar os departamentos de futebol masculino, feminino e da base. Essa proposta prevê a divisão de ações entre torcedores-investidores, que teriam direito a voto, e investidores institucionais, que atuariam sem poderes de decisão. Estima-se que essa abordagem poderia trazer uma captação financeira entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,7 bilhões. Contudo, a proposta não teve aceitação unânime, com alguns conselheiros expressando preocupações sobre o controle e possíveis conflitos entre acionistas e o clube social.
Outro modelo debatido sugere que o Corinthians mantenha o controle majoritário da nova empresa, com 51% das ações sob sua administração. Essa alternativa, apresentada pela chapa União dos Vitalícios, visa preservar a estrutura política e estratégica do clube enquanto delega a gestão do futebol à nova entidade, que ficaria sujeita à supervisão do Conselho Deliberativo. Embora esta proposta tenha atraído a atenção por proteger o poder institucional do Corinthians, levantou questionamentos sobre a viabilidade da captação de recursos.
Além das propostas apresentadas, grupos como o Coletivo Democracia Corinthiana e a Família Corinthians contribuíram com sugestões focadas em boas práticas de governança, transparência e limites para a influência de investidores externos. A diretoria considerou essencial a incorporação dessas ideias para enriquecer o debate antes da reforma estatutária prevista para o primeiro semestre de 2026.
Outro aspecto que entrou em pauta foi a criação de um grupo de estudos específico para examinar as implicações da SAF. A proposta é realizar uma análise minuciosa sobre aspectos jurídicos, tributários e operacionais antes que conselheiros e sócios tomem decisões quanto às alterações no estatuto. A diretoria reconhece que, se aprovada, essa transição exigirá um planejamento detalhado e uma ampla participação da comunidade corintiana.
A assembleia mencionada é parte de uma série de audiências públicas programadas até fevereiro de 2026, nas quais se discutirão temas como votação online, estrutura de poder, conselhos, finanças e regras eleitorais. O intuito é consolidar um projeto estatutário mais moderno, considerado crucial pelo Corinthians para delinear o futuro institucional do clube e se preparar para os desafios financeiros e esportivos que se avizinham.



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