O ataque do Corinthians atravessa uma fase delicada e chama atenção pelo contraste entre juventude e experiência. Enquanto os veteranos somam longos jejuns sem marcar, Gui Negão, de apenas 18 anos, tem sido o grande responsável por manter a rede balançando.

Desde o último gol de Memphis, no dia 30 de julho, já se passaram 10 partidas sem que outros atacantes veteranos conseguissem marcar. Nesse período, Gui anotou quatro dos últimos cinco gols do setor ofensivo, representando 80% do total. O único fora dessa conta foi justamente de Memphis, ainda em julho, contra o Palmeiras.

Entre os mais experientes, a seca preocupa: Romero amarga 153 dias sem marcar (21 jogos), Yuri Alberto acumula 126 dias (nove partidas), Talles Magno já soma 70 dias (10 jogos) e Memphis, apesar de ser o último a balançar as redes, está há 56 dias em jejum. Kayke e Vitinho ainda não conseguiram marcar em 2025.

A ausência de Gui Negão na última rodada, por suspensão, deixou clara a fragilidade do setor. Mesmo com Vitinho e Yuri de titulares e Talles e Romero entrando no segundo tempo, o ataque passou em branco — algo que não acontecia há dois meses quando todos os nomes estavam à disposição. Nesse cenário, até os defensores têm aparecido mais: Gustavo Henrique e Matheuzinho marcaram dois gols cada e dividem a artilharia fora do ataque.

No geral, os atacantes do Corinthians, excluindo Gui Negão, vivem uma média de 100 dias sem gols. A estatística reforça a dependência crescente do jovem artilheiro, que hoje é a principal esperança ofensiva do clube.