A saída do jovem atacante Kauê Furquim para o Bahia respingou até mesmo no executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado. A diretoria alvinegra ficou insatisfeita com a forma como o dirigente conduziu o caso. Membros da alta cúpula do Timão entendem que o jogador não poderia ter sido relacionado para dois jogos da equipe principal, contra Ceará e Fortaleza, antes que o clube estivesse protegido. A exposição do atleta, diante de uma multa baixa de apenas R$ 14 milhões, abriu margem para a saída precoce. Kauê chegou a realizar exames médicos para assinar com o Bahia sem o conhecimento de Fabinho Soldado.

O atacante assinou seu primeiro contrato profissional com o Corinthians em abril, com multa de R$ 14 milhões para o mercado nacional e 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 315 milhões) para o exterior, seguindo a legislação vigente.

A insatisfação da diretoria presidida por Osmar Stabile com Fabinho não se resume a Kauê Furquim. Houve divergências nas negociações envolvendo Diego Palacios e Léo Mana, já que informações sobre empréstimos vazaram antes de serem oficialmente concluídas. No fim, Mana foi emprestado ao Criciúma até julho de 2026, enquanto Palacios ficará no Karpaty, da Ucrânia, até 30 de junho do ano que vem.

Outro episódio gerou desconforto com Fabinho: o holandês Memphis Depay faltou a um treino alegando problemas com uma premiação do título paulista. A diretoria entende que o executivo deveria ter feito o papel de intermediador entre jogadores e direção.

Apesar das críticas, o Corinthians não pensa em demitir Fabinho Soldado no momento. A diretoria reconhece seu bom trabalho na blindagem e gestão do elenco, mas avalia que há falhas em negociações e montagem do plantel. Fabinho recebeu carta branca no início da gestão de Augusto Melo e optou por permanecer no clube mesmo diante de sondagens externas.