No dia 9 de agosto de 2025, o Corinthians decretou o fim da gestão de Augusto Melo. Mais de 1.400 sócios se reuniram no Parque São Jorge e votaram pelo impeachment do presidente, encerrando um ciclo turbulento que deixou muitos torcedores alvinegros aliviados e ao mesmo tempo apreensivos com o futuro do clube.

Eleito em 2024 com uma proposta de renovação, Augusto Melo derrotou o candidato da situação, André Negão, e quebrou uma dinastia política que comandava o Corinthians desde 2007. O início foi promissor, mas rapidamente a esperança se transformou em polêmica e desconfiança.

Entre os episódios que marcaram a gestão, um dos mais graves foi o contrato milionário com a VaideBet, anunciado em janeiro de 2024 como o maior patrocínio do futebol brasileiro — R$ 370 milhões em 36 meses. Porém, a parceria levantou suspeitas: não passou pelo compliance do clube, envolveu pagamentos suspeitos a empresas intermediárias e acabou sendo alvo de investigação policial.

A Polícia Civil identificou que parte dos valores repassados pelo Corinthians a uma empresa intermediária foi desviada para contas ligadas ao crime organizado. O ex-presidente Augusto Melo, junto com outros dirigentes, foi indiciado e denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado, culminando na sua destituição pelo Conselho.

A torcida, que no início depositou esperanças na gestão, agora vive a expectativa de dias melhores e a necessidade urgente de uma reformulação profunda dentro do clube.