A noite deste sábado, 31 de maio, foi extremamente agitada no Parque São Jorge, onde se concentram os envolvidos com a parte política do Corinthians.
Com direito a invasão de torcedores, presença de Augusto Melo, atuação da polícia e até acusações de golpe, um clima de caos voltou a dominar os bastidores do clube. Tudo começou quando a conselheira Maria Angela de Souza Ocampos, aliada de Augusto Melo, anunciou que havia assumido a presidência do Conselho Deliberativo do clube e determinou o retorno imediato de Augusto à presidência.
Vice de Romeu Tuma, Maria Angela revogou decisões do órgão relacionadas ao afastamento de Augusto Melo, inclusive diante de figuras como Roberson de Medeiros. A atitude foi o estopim para o início da confusão. Menos de uma semana após ter sido afastado por um processo de impeachment, Augusto pode retornar ao comando do clube por decisão de sua aliada, que declarou nulos todos os atos do então presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, desde o início de abril.
Após a declaração de Maria Angela, apoiadores de Augusto Melo invadiram o quinto andar do Parque São Jorge, onde fica a sala de Osmar Stabile, que, segundo relatos, não teria aceitado o ocorrido e permaneceu no local. Romeu Tuma se manifestou logo após o ato. Em nota, alegou que o ocorrido seria uma "uma tentativa de golpe institucional" e que o afastamento de Augusto Melo, e o porquê dele ter acontecido, é algo que está de acordo com as regras estatutárias e convalidado pela Justiça.

Com a confusão entre a tentativa de tirar Osmar Stabile do poder e a reação de Augusto Melo e aliados, a polícia foi acionada e o batalhão do choque chegou a entrar no Parque São Jorge, em registros que foram feitos por torcedores e pessoas presentes no local naquele momento. Inclusive, alguns torcedores organizados chegaram a entrar no espaço e se dirigir para o quinto andar do local. Metaleiro, ex-presidente da Gaviões da Fiel, convocou torcedores para comparecerem no lugar.

Mesmo que Augusto Melo tenha deixado o Parque São Jorge com esta argumentação, o lado do Corinthians foi outro. O documento, porém, não foi reconhecido por Osmar Stabile, vice-presidente do clube e atual presidente interino desde a aprovação do impeachment de Augusto.
