Presidente interino faz reunião com elenco do Corinthians. As peças no xadrez político do Corinthians já vinham se mexendo há algum tempo, mas o afastamento de Augusto Melo da presidência do clube, na última segunda, acelerou ainda mais a movimentação. Junto com Osmar Stabile, alçado ao posto de presidente interino do Corinthians, outros nomes influentes do clube ganharam poder, e as articulações visando uma possível eleição indireta se intensificaram. Nos bastidores do Parque São Jorge um grupo que é apontado como vencedor desse processo é o União dos Vitalícios.

Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho Deliberativo e responsável por conduzir o rito do impeachment, além de Fran Papaiordanou e Paulo Garcia, são apontados como membros influentes. Fran Papaiordanou e Paulo Garcia não ocuparão cargos na diretoria neste primeiro momento, mas devem exercer influência na gestão. Um exemplo disso está na escolha de Emerson Piovesan para ser diretor financeiro.
O impeachment de Augusto Melo não está sacramentado. Ele pode retornar à presidência pelo voto dos sócios em assembleia geral, marcada para o dia 9 de agosto. Caso os associados ratifiquem a destituição dele, uma nova eleição será convocada, esta contando apenas com a participação dos conselheiros.
Em busca de governabilidade e também de se tornar uma alternativa viável para substituir Augusto Melo definitivamente, Osmar Stabile sabe que precisará ampliar seu arco de alianças. O interino prometeu um governo de coalizão, mas até o momento não se aproximou de outros opositores de Augusto Melo - como os grupos ligados à Andrés Sanchez e que na eleição de 2023 apoiaram a candidatura de André Negão.
Entre conselheiros é dado como certo que o "Movimento Corinthians Grande" (MCG) terá candidatura própria em uma eventual eleição. O grupo apoiou Augusto Melo, mas desembarcou da gestão no meio de 2024, após desacertos com o presidente e denúncias de irregularidades.