A eliminação do Corinthians na Sul-Americana representou um duro golpe para o clube. Pouco mais de dois meses após a queda na Pré-Libertadores, diante do Barcelona de Guayaquil, o Timão voltou a fracassar no cenário internacional. Além do prejuízo esportivo, o impacto também foi significativo no aspecto financeiro. O Corinthians encerrou sua participação no torneio continental com uma premiação de aproximadamente R$ 6,4 milhões. A maior parte desse valor, cerca de R$ 5,1 milhões, veio pela presença na fase de grupos. As duas vitórias sobre o Racing-URU garantiram ao clube mais R$ 1,3 milhão, completando o montante arrecadado na competição. O valor, no entanto, poderia ser bem superior. A Conmebol pagaria US$ 600 mil (R$ 3,4 milhões) pelas oitavas de final, US$ 700 mil (R$ 3,9 milhões) pelas quartas, e US$ 800 mil (R$ 4,5 milhões) na semifinal. Na decisão, o vice-campeão receberia US$ 2 milhões (R$ 11,3 milhões), enquanto o título renderia US$ 6,5 milhões (R$ 36,9 milhões). Ou seja, se conquistasse o título, o Corinthians poderia ter faturado cerca de R$ 48,7 milhões em premiação, sem contar as quantias já recebidas na fase de grupos e pelas vitórias. Se precisasse jogar o Playoff, a equipe lucraria ainda US$ 500 mil (R$ 2,8 milhões).

Os valores de premiação na Sul-Americana chegariam em boa hora para o Corinthians. Em coletiva, o presidente interino Osmar Stábile, que assumiu o cargo após o Conselho Deliberativo aprovar o impeachment de Augusto Melo, falou abertamente sobre a situação financeira do clube. Stábile não escondeu a preocupação com o cenário deixado pela antiga gestão, classificando-o como uma “terra arrasada”. O dirigente destacou que o Corinthians lida hoje com uma dívida de aproximadamente R$ 2,5 bilhões.
“Primeiro a gente começa pela questão financeira, o jurídico e a administração. Terra arrasada é porque temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir. Temos que mudar essa situação, não temos uma varinha de condão para mudar de imediato. Precisamos de trabalho e dedicação para resolver esses problemas. Temos período curto e com arrojo vamos resolver os problemas. Não será de imediato”, disse Stábile.