O Corinthians está focado na Copa Sul-Americana e, por isso, optou em entrar em campo contra o Atlético-MG com uma equipe mista, preservando seus principais jogadores e dando oportunidade a nomes que não vem sendo tão utilizados. A estratégia do técnico Dorival Júnior se mostrou eficaz, e o Timão conseguiu somar um ponto na Arena MRV. O resultado em si, embora não tenha sido injusto, poderia ter sido melhor para o clube do Parque São Jorge. Afinal, o Corinthians fez um bom primeiro tempo, perdendo duas chances claras de gol. O cenário poderia se mostrar muito mais promissor também caso Lyanco tivesse recebido o segundo cartão amarelo e fosse para o chuveiro antes do intervalo.
Na etapa final, o Galo equilibrou as ações do jogo, levou mais perigo e empurrou o Timão para o campo de defesa. No fim das contas, protagonismo para ambos os lados com um empate que acabou não sendo o ideal nem para mineiros e nem para paulistas. Mas, sob a ótica do desempenho em campo, o Corinthians tem sim o que comemorar.
Afinal, os reservas deram conta do recado em uma situação adversa: jogo fora de casa, estádio cheio, gramado artificial e partida controlada diante de uma equipe que, no ano passado, disputou as finais da Conmebol Libertadores e da Copa do Brasil. Não é novidade para ninguém que o técnico Dorival Júnior quer testar o máximo possível de jogadores antes de bater o martelo com a diretoria sobre quais posições focar na procura por reforços no mercado.
No sábado, o desempenho dos reservas foi um alento. Nomes como João Pedro Tchoca, Ryan e Charles demonstram que, por mais que não venham a ser os titulares durante a maior parte da temporada, têm potencial para se manter no elenco e, principalmente, manter o Corinthians competitivo. A vitória em Minas Gerais não veio, mas deixou uma impressão positiva. O grupo pode muito mais nesta temporada do que brigar no meio da tabela do Brasileirão e passar por sufoco na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, como tem sido nos dois últimos meses.