O Conselho de Orientação e Fiscalização (CORI) do Corinthians emitiu um comunicado nesta sexta-feira, afirmando que os balancetes divulgados pela diretoria do clube, referentes aos meses de janeiro e fevereiro, não passaram por qualquer análise dos órgãos fiscalizadores. Segundo o documento assinado pelo presidente do CORI, Miguel Marques e Silva, as demonstrações financeiras chegaram por email aos membros na quinta-feira, às 19h46 (horário de Brasília), e se tornaram públicas por volta das 20h30. Além disso, o CORI ressaltou a ausência de parecer do Conselho Fiscal ou de Auditoria nos documentos enviados, que foram assinados pelo contabilista Marco Túlio Garcia.
O novo diretor financeiro, Alexandre Germano, em entrevista realizada nesta sexta, abordou a questão, admitindo a necessidade de analisar o passado para orientar as ações futuras. Ele também mencionou que as contas de 2024 foram reprovadas e que o clube apresentou um superávit de R$ 12,1 milhões no balancete do primeiro bimestre de 2025, com um resultado positivo no departamento de futebol de R$ 26,4 milhões. As principais fontes de receita do departamento de futebol foram a comercialização dos direitos de transmissão, patrocínios e publicidades, e arrecadação de jogos.
O clube social, por sua vez, apresentou um déficit operacional de R$ 356 mil. No geral, o Corinthians ainda enfrenta alto endividamento, com as contas de 2024 tendo sido reprovadas, o que levanta a possibilidade de um processo de impeachment por gestão temerária do presidente Augusto Melo. O pagamento de juros de dívidas na casa dos R$ 14 milhões também impactou negativamente o resultado financeiro do clube.