Aos 65 anos e com uma longa trajetória no futebol, como jogador e treinador, Ramón Díaz trata com naturalidade o momento de pressão vivido no Corinthians. O argentino viu as contestações sobre o trabalho dele aumentarem nas últimas semanas, com atuações ruins e a eliminação precoce na Conmebol Libertadores. Nesse contexto, a final do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, ganhou caráter decisivo para a continuidade dele no comando do Corinthians. – O que tenho é que no futebol existe a pressão, ainda mais com o treinador. Tive a sorte de ser jogador e saber como é a pressão como jogador. Há muitos anos sei a pressão de ser treinador. Além disso passa pelo convencimento, pelo que transmito aos jogadores, tenho que transmitir tranquilidade, confiança. Os jogadores ganham jogo com confiança, que tenho no grupo, no trabalho que fazemos, pela dificuldade que passamos. Quando se tem dificuldade, você tem que crescer, amadurecer. Estou muito feliz por isso – declarou, em entrevista coletiva na sede da Federação Paulista de Futebol. – Não penso na pressão sobre mim, estou acostumado, sei da pressão e dos resultados. Vamos dar a vida pelo Corinthians, seja no tático, na intensidade, sabendo contra quem jogamos. Isso temos claro e queremos competir, e vamos competir até o último minuto – completou.

A primeira final do Paulistão acontece neste domingo, às 18h30, no Allianz Parque. O jogo de volta, na Neo Química Arena, será no dia 27. – Para levar o resultado tem que ter concentração, determinação, não cometer erros. É um jogo diferente, mas além do clássico, é uma final. Tem que interpretar assim, mas sempre esportivamente – opinou. Esta é a primeira decisão que Ramón disputará pelo Corinthians, clube no qual chegou no meio do ano passado. Ele tem 51 jogos no comando do clube, com 28 vitórias, 13 empates e 10 derrotas. – Uma coisa importante que tínhamos planejado era classificar em primeiro para poder definir em casa. Esse é um objetivo cumprido pelos jogadores, e não foi fácil pela sequência de partidas intensas e duras – disse o argentino.