O jogador de basquete Lucas Bebê acionou Jucilei, atleta de futebol com passagens por Corinthians e São Paulo, na 8ª Vara Cível da Comarca de São Gonçalo, cobrando R$ 2,5 milhões por suposto esquema fraudulento e lesivo, como soube a GOAL. O caso é semelhante ao protagonizado por Willian Bigode, Gustavo Scarpa e Mayke, que atuaram juntos no Palmeiras e se envolveram em um escândalo recente. No entanto, ainda há um agravante: o volante aparece como garantidor do negócio.
A reportagem teve acesso ao processo judicial, datado de 22 de março passado e que tramita no Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Os advogados de Lucas Bebê, pivô que já defendeu as cores de Atlanta Hawks e Toronto Raptors na NBA, explicam que Jucilei "apresentou ao Sr. Lucas [Bebê] duvidoso negócio para suposto investimento, no qual seria necessário o aporte de substantiva quantia". A defesa de Bebê é conduzida pelo advogado José Edgard Galvão Machado.
À época, o jogador de basquete residia nos Estados Unidos. A petição alega que Jucilei aproveitou a passagem do atleta pelo Brasil para "pessoalmente e com muita insistência, induzir a entrada no negócio, de tal sorte que chegou ao ponto de avalizar a operação pessoalmente". Lucas Bebê explica que o volante foi "avalista da operação" e que ainda colocou como garantia "os próprios patrimônios". O atleta de basquete relata que a condição de avalista de Jucilei é corroborada por troca de mensagens e por testemunhas do episódio.
O advogado José Edgard Galvão Machado explica que "a partir do momento que a operação se revelou fradulenta, Jucilei se prontificou a ressarcir o notificante". Além de reforçarem a existência de provas sobre o ressarcimento, os advogados do pivô de basquete apontam que esta é uma forma de comprovar a condição de avalista do jogador de futebol.
O meio-campista de 35 anos ofereceu um parcelamento da dívida para o ressarcimento ao pivô de 30 anos, de acordo com o documento, que ainda relata que Jucilei "prometeu incluir imóvel de sua propriedade como parte do pagamento, qual seja, um sítio".
A defesa de Lucas Bebê diz que, diante de todo o relato, "resta evidente tratar de operação fraudulenta, viciada de má fé, consistente numa estrutura lesiva que infringe legislação cível e criminal, que foi dolosamente oferecida ao notificante [Lucas Bebê] como forma de embuste que altera a vontade contratual da vítima".
Os advogados do jogador de basquete cobram o pagamento de R$ 2,5 milhões por parte de Jucilei, que foi procurado pela reportagem, mas ainda não se pronunciou. A reportagem colocará a informação no texto assim que receber a posição do jogador.
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