2/12/2021 19:49

Corinthians e Jô têm audiência com clube japonês; veredito de caso de quase R$ 20 milhões sairá em 2022

Nagoya Grampus venceu disputa na Fifa, mas Timão e atacante apelaram ao CAS

Corinthians e Jô têm audiência com clube japonês; veredito de caso de quase R$ 20 milhões sairá em 2022
Em audiência realizada nesta semana na Corte Arbitral do Esporte (CAS), Corinthians e Jô apresentaram suas defesas na disputa judicial contra o Nagoya Grampus, do Japão. O caso tem extrema importância para o Timão, que tenta evitar o pagamento de quase R$ 20 milhões.

O clube asiático venceu a primeira batalha, na Fifa. Em novembro do ano passado, o tribunal da entidade condenou o Corinthians a pagar uma indenização de 3,4 milhões de dólares (cerca de R$ 18,9 milhões na cotação atual). Entenda melhor o processo mais abaixo.



O veredito sairá apenas em 2022 e não é passível de recurso.

Antes otimista, a defesa de Jô agora adota tom cauteloso. Normalmente, as decisões da Fifa são mantidas nesta outra instância.

– Vamos esperar o resultado, é um caso muito difícil. Nós apresentamos a nossa defesa, a outra parte, também. A decisão pode levar até oito meses para ser anunciada – comentou Breno Tannuri, que advoga para Jô.

– Existe uma tendência de manutenção das decisões da FIfa, mas não é regra. Porém, é possível que o CAS mantenha a punição da Fifa, mas tire alguma parte da pena. São vários cálculos dentro do processo, então o valor final pode ser alterado – explica o advogado Cristiano Caús, especialista em direito desportivo, que recentemente defendeu o Santos em julgamento no CAS contra o meia Cueva e o Pachuca, do México - o caso é muito semelhante ao de Jô.

Por que Jô e Corinthians foram condenados?
O atacante voltou para o Timão em junho do ano passado, após duas temporadas no Japão.

Porém, Jô tinha vínculo com o Nagoya Grampus até o fim de 2021 e, meses antes de se transferir ao Corinthians, se desentendeu com os japoneses. O clube alega ter havido abandono de emprego do atacante e, por isso, não só suspendeu os pagamentos a ele a partir de abril, como também entrou com uma ação na Fifa pedindo uma indenização referente ao valor restante do contrato até dezembro.

O desentendimento de Jô com o Nagoya Grampus começou em fevereiro de 2020, quando o jogador machucou o joelho esquerdo.

– O treinador do Nagoya entendeu que o Jô tinha que ficar no Japão, mesmo com o clube fora para pré-temporada. Só que os fisioterapeutas e médicos viajaram com o time, estavam fora do país. O Jô entendeu que não iria se recuperar bem, precisava de uma fisioterapia que fizesse efeito e veio ao Brasil se tratar no Flamengo. Ele custeou a viagem para ter um tratamento melhor – explicou Breno Tannuri, em entrevista ao ge, ainda em 2020.

Semanas depois, Jô voltou ao Japão com Cláudia, esposa dele, mas não foi relacionado para as duas primeiras partidas da temporada. Na sequência, o campeonato local foi suspenso por conta da pandemia do novo coronavírus.

O Nagoya Grampus havia liberado os atletas para ficarem em casa, mas não para deixarem o Japão. Assim, semanas depois, Jô foi avisado pelo clube de que seu salário estava suspenso.

Segundo o advogado de Jô, o atacante respondeu essa notificação e explicou o motivo da volta ao Brasil. As alegações, porém, não foram suficientes para convencer os asiáticos.

– Ele tinha que receber entre o final de abril e o começo de maio um bônus de 1 milhão de dólares, previsto em contrato. O que acontece é que, quando ele fala para o tradutor, numa quinta à noite, que voltaria ao Japão na segunda-feira, os diretores mandam uma notificação para o Jô no dia 2 de maio falando que o contrato estava rescindido. Se ele volta para o Japão, o Nagoya teria que pagar os salários e essas luvas de 1 milhão de dólares – revela Tannuri.

– Ele deixou os filhos no Brasil com os avós. Só que começou um "zum-zum-zum" de que os estrangeiros não poderiam sair do Japão. Quando falaram que seria fechada a fronteira, o Jô disse: "Eu preciso voltar". Isso foi em abril. Então, eles voltaram ao Rio de Janeiro – conta o advogado.

O advogado de Jô concorda que o atacante poderia ser punido pela volta ao Brasil, mas alega que não havia justificativa para o rompimento de contrato. Breno Tannuri afirma que o atleta não perdeu treinamentos e nem havia motivo para tanta pressa, visto que o campeonato local só seria retomado no mês seguinte.



Após deixar o Nagoya, Jô assinou contrato de três anos e meio com o Corinthians. Por isso, a Fifa entende que o clube tem de ser solidário e bancar a indenização.


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