Nesta quinta-feira, o Atlético-MG tem a chance de confirmar a conquista do Campeonato Brasileiro. Para isto, basta vencer o Bahia, às 18h (de Brasília), na Fonte Nova, em partida atrasada da 32ª rodada da Série A.



Para faturar a taça e acabar com o jejum que já dura décadas, o Galo conta o lateral-esquerdo Guilherme Arana, um dos grandes destaques dos alvinegros e do futebol brasileiro em geral em 2021, com 5 gols e 7 assistências em 45 partidas até o momento.


Arana está no Galo desde 2020, quando foi emprestado pelo Sevilla, sendo posteriormente comprado pela equipe de Belo Horizonte por quase R$ 15 milhões.


Antes de se aventurar na Europa, onde também jogou na Atalanta, da Itália, o ala esquerdo foi revelado pelo Corinthians, clube que o promoveu ao profissional em 2015, sob o comando de Tite, e depois viu explodir de vez em 2017, na campanha do título do Brasileirão com Fábio Carille.


No Terrão corintiano, Arana foi moldado pelo técnico Márcio Zanardi, que atualmente comanda o time profissional do São Bernardo FC.


Em entrevista ao ESPN.com.br, Zanardi lembrou o início de carreira do lateral-esquerdo e destacou a enorme qualidade do atleta, que conseguiu chegou ao profissional do Timão muito rápido.


"Trabalhei com o Arana no sub-15 e no sub-17. Era um moleque muito extrovertido, sem medo de jogar e muito bom de lidar. Era um garoto sério e focado, mas ao mesmo tempo brincalhão. Dávamos muita risada com ele, pois é um cara muito engraçado", contou.


"Era um rapaz muito bagunceiro, que sempre aprontava alguma boa com os companheiros de concentração. Era da 'pá virada', complicado de aguentar (risos). Mas era um cara do bem. Lembro que era também terrível para cumprir horários, mas são coisas normais da idade", brincou.


"Ele sempre teve a cara do Corinthians. Era um 'jogador de vila', fez futsal no Corinthians. Foi evoluindo e fez uma Copa São Paulo espetacular, teve um estirão no sub-17 e aí já subiu muito cedo ao profissional", recordou.


Zanardi revelou que, na época em que Arana começava a se destacar nas canteras alvinegras, ele não era o nome mais badalado por torcida, imprensa e diretoria.


No entanto, o comandante afirma que sempre soube que o lateral estava destinado a chegar aos grandes estágios do futebol.


"O Arana sempre soube o que queria na carreira e era muito focado desde moleque. Ele não era tratado como a 'galinha dos ovos de ouro' no Corinthians, mas sempre foi muito trabalhador e dedicado", ressaltou.


O ex-comandante do "Homem-Arana" também elogia a dedicação do pupilo para corrigir uma de suas principais deficiências desde a base: o cuidado com a marcação.


Na opinião de Zanardi, o trabalho defensivo que aprendeu na Europa ajudou Guilherme a ser um jogador muito mais completo com a camisa do Atlético-MG.



"Ele sempre foi muito ofensivo dentro de campo, mas também vejo ele falando das dificuldades que tinha na parte defensiva. Na Itália e na Espanha, ele trabalhou muito isso. Sempre foi um atleta muito agudo, e que não tinha medo de encarar os marcadores. Eu sabia que, na hora que ele conseguisse corrigir a questão defensiva, teria sucesso e ia chegar aonde quisesse chegar", finalizou.

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