Sylvinho exaltou a qualidade do líder Atlético-MG após a derrota do Corinthians por 3 a 0 no Mineirão, na noite desta quarta-feira. O técnico apontou algumas qualidades do Galo e disse que o Timão foi punido por falhas técnicas e táticas.



"O Atlético-MG é um time muito qualificado, a melhor defesa do campeonato, um dos melhores ataques, com números extraordinários. Não incomodamos como muita gente tem passado por aqui e também não tem incomodado. É a diferença que um clube atinge dentro do que se vai trabalhando e vai buscando. Um adversário que se mostra qualificado, um rival difícil. Queríamos incomodá-los, não conseguimos. Tentamos no segundo tempo, correndo riscos. Outro detalhe é que cada vez que se erra contra um adversário desta qualidade, paga-se um preço caro. É o preço que se paga quando a qualidade do outro lado é grande e você comete um erro ou outro".


Apesar do diagnóstico da partida, o treinador fez questão de defender o seu próprio trabalho. A sete rodadas do fim do campeonato, o Timão segue na sexta posição, buscando vaga na Libertadores.


"Estamos em condições diretas de buscar uma vaga direta à Libertadores, coisa que faz tempo que não consegue. Até o momento éramos a segunda melhor defesa do campeonato, estamos buscando melhoria, conhecimento de atletas que chegaram recentemente, estamos buscando o melhor deles. Muitos jogando bem e se revelando. Estamos buscando organização".


Mais uma vez, a escalação inicial do Corinthians não surtiu efeitos. Como aconteceu nos últimos jogos, o treinador fez mudanças para tentar mudar o cenário do time no segundo tempo. Em Belo Horizonte, trocou o volante Du Queiroz por Gabriel Pereira, mudando o desenho da equipe.


"Quando você muda, faz um volume maior. Por que não fez isso antes? O futebol tem um primeiro e um segundo tempo, ele se abre. Isso é mérito. Gostaria de ganhar todo jogo de 5 a 0, mas o jogo se mostra. Conseguir conduzir um segundo tempo melhor do que o primeiro é mérito. Quem consegue garantir que se fosse no primeiro tempo seria 5 a 0? Ganhamos dois jogos, vai seguir difícil. Vão se estar jogando coisas importantes até o final. Vagas a palmo, a dedo e a pontos para que cada um consiga seu objetivo", afirmou.


Veja mais trechos:

Escolhas no meio-campo

"Eu não tinha o Cantillo no banco, algumas vezes comecei com ele e não agradou A ou B, mas não importa. Tem sido uma revelação no ano como primeiro volante, embora digam que não pode jogar ali. Tem grande parte como titular. Perdemos o jogador para a seleção colombiana, ficamos limitados no setor com alguém com outras características. Gabriel defende bem, marca bem, empresta isso para o time, mas a saída fica comprometida".


Só quatro faltas cometidas/ pouca competitividade

"Se o sinônimo de falta é competitividade... Não encaixa. Tomamos três gols, saímos chateados e bravos. Mas éramos a segunda melhor defesa, somos um time forte e limpo. Ninguém é a segunda melhor defesa de um campeonato forte assim, onde estivemos em 10 ou 12ª, fomos para sexto. Não gostei é de o rival que teci tantos elogios ter feito 20 faltas. Muitas faltas no Renato, no GP, no Gustavo. Um rival que elogiei e abusou de faltas. É do jogo, mas não se mede competitividade. Estamos buscando melhorá-los. Ninguém imaginava esse quadro. Conquistamos o direito de buscar uma vaga direta à Libertadores e ninguém dizia isso externamente".


Renato Augusto de referência

"Renato pode fazer várias funções, veio para trás e rendeu. No primeiro tempo fez retenções para atravessar campo e isso não é fácil diante de uma equipe forte, potente, que marca o campo todo, que tem a defesa menos vazada, com números extraordinários, dentro de pouco podem se sagrar campeões brasileiros. Tentamos de tudo no segundo tempo, mesmo correndo riscos. O time foi tentando sustentar e criar chance de empate. O segundo gol nos prejudicou muito".


Planejamento para o jogo com o Cuiabá

"O importante são os atletas performarem e se sentirem bem. Planejamento curto a se desenvolver, seguir desenvolvendo o trabalho. O ambiente interno ser bom, os atletas acreditarem no que estamos fazendo. Há quatro meses, quem diria ou assinava que buscaríamos uma vaga direta à Libertadores? O Corinthians está ali. Estamos lutando pelo nosso objetivo. Me preocupo demais com o dia, são 12h ou 14h de trabalho. Fico ali o dia inteiro. Tenho harmonia com atletas, presidente, entendimento deles em relação ao trabalho, sabemos o que estamos fazendo e o momento do clube. Isso me satisfaz o pessoal, mas buscamos o corporativo. Estou preocupado com trabalho. Essa camisa me exige e sei disso. Que os atletas performem e nossos objetivos sejam conquistados".



Distância para Galo, Fla e Palmeiras

"Difícil mensurar onde estamos com relação às três equipes que disputam a parte importante da tabela e dos campeonatos dos últimos dois ou três anos. Nosso clube é enorme, já passou por esse momento, ganhou Mundial, Brasileiro, Libertadores. O último campeão do mundo brasileiro é o Corinthians. Muitos aqui viveram tudo isso. É complicado mensurar. Trabalhar e continuar. Chegaram quatro atletas e qualificaram. Tem quatro do sub-20 performando e vão melhorar. Outros novos, enfim, são frentes importantes e aquilo vai se moldando em posições, esquemas, isso cabe. Infelizmente, o futebol pede tempo. É difícil. Os time qualificados são pontas da tabela porque foi feito um trabalho de construção, é o que estamos fazendo. Não sei quanto tempo, mas o trabalho está sendo feito".

#corinthians #timao #alvinegro #sylvinho #brasileirao