Como um clube com a dívida próxima de R$ 1 bilhão — sem contar a Arena — pode contratar jogadores do porte de Renato Augusto e Giuliano? Teria o Corinthians já desistido do seu plano de colocar as finanças em ordem? Será que essa conta vai fechar?
Essas e outras perguntas surgiram nos últimos dias não só na Fiel Torcida, como também entre os torcedores de outros clubes, surpresos com o ímpeto do Corinthians na volta ao mercado de contratações. Fazia mais de oito meses que o Timão não contratava reforços para a equipe profissional.
Embora ainda com o endividamento alto — e sem expectativa de reduzi-lo no curto prazo — o Corinthians garante ter condições não só de arcar com os custos dos reforços que chegaram, como também acredita ter fôlego para mais.
Mesmo após as chegadas de Renato Augusto e Giuliano, o clube segue tentando fechar com Roger Guedes, atacante que negocia a rescisão contratual com o Shandong Luneng, da China.
A chegada de nomes de peso passou a ser estudada pelo presidente Duilio Monteiro Alves com o diretor financeiro Wesley Melo há cerca de um mês. No início, o principal alvo era Paulinho, que acabou se transferindo para o Al Ahli, da Arábia Saudita na última quinta-feira. Após cálculos e discussões, os cartolas concordaram que era possível sonhar alto.
"Em breve, vai chegar a hora de investir no futebol. A diretoria atual sabe disso, e a gente continua pesquisando as soluções das nossas carências num mercado difícil", disse Duilio, após protesto da torcida, em junho.
São dois os principais argumentos da diretoria alvinegra para justificar a mudança de postura no mercado de transferências:
1. Com a saída de 15 jogadores desde o fim do ano passado, o clube reduziu em mais de R$ 4 milhões a folha salarial, abrindo espaço para novos jogadores. Alguns dos que deixaram o Timão tinham salários altos, casos de Boselli, Otero, Ramiro, entre outros. Mesmo com Renato Augusto e Giuliano, o valor gasto mensalmente com salários é menor do que no fim de 2020 — caiu de cerca de R$ 14,5 milhões para aproximadamente R$ 12 milhões.
2. O Corinthians acredita que pode mudar de patamar e criar um ciclo virtuoso com a chegada destes reforços. Com um time fortalecido, consequentemente geraria mais receitas, com melhores premiações por colocações em campeonatos, possível classificação para a Libertadores, patrocínios mais bem remunerados e maior engajamento da torcida.
O Brasileirão do ano passado é usado como exemplo pelos corintianos. O clube previu que terminaria o campeonato no oitavo lugar, mas acabou em 12º, o que rendeu uma premiação de R$ 14 milhões, R$ 6,8 milhões a menos do que o esperado. A queda precoce na terceira fase da Copa do Brasil, para o Atlético-GO, também fez com que o Timão deixasse de abocanhar valores consideráveis.
O Corinthians, porém, sabe que não pode contar apenas com essas receitas. Tanto é que Wesley Melo e Roberto Gavioli, diretor e gerente financeiro do Corinthians, estão refazendo o orçamento para esta temporada e vão aumentar a previsão de receitas com vendas de jogadores.
Para fechar 2021 no azul, o clube estimava no começo do ano que seria necessário arrecadar R$ 70 milhões com transferências. Na versão atualizada do documento, o número deve subir para perto de R$ 90 milhões — pouco mais de R$ 10 milhões foram alcançados até o momento.
A expectativa é alta, mas realista segundo os cartolas, principalmente pela desvalorização do Real perante outras moedas. A cotação do Euro, por exemplo, está acima de R$ 6.
Porém, caso as transferências não ocorram como o previsto, o clube terá enorme dificuldade para evitar um novo déficit.
O lateral-esquerdo Lucas Piton, os zagueiros João Victor e Raul Gustavo e o meia Mateus Vital são alguns dos atletas vistos com bom potencial de venda no clube.
O aumento na previsão de receitas com vendas de jogadores, porém, não está diretamente ligado à chegada dos reforços, segundo o Corinthians. A alegação é de que, ao formular o orçamento, o clube contava que o público retornaria aos estádios ainda no primeiro semestre deste ano e que seria possível enxugar mais a folha salarial antes do que ocorreu.
Também é importante lembrar: Giuliano e Renato Augusto estavam livres, após rescindirem contrato com seus ex-clubes. Assim, o Timão não teve que pagar para adquirir os direitos deles, arcando somente com salário, luvas (bônus por assinatura de contrato) e comissões a empresários.
Endividado, mas com as contas no azul
O Corinthians divulgará na próxima semana o balancete financeiro do primeiro semestre. O documento apresentará superávit, ou seja, resultado positivo na relação entre o que foi gasto e o que foi arrecadado desde o começo do ano. Embora o valor seja baixo, quase no "zero a zero", segundo membros da direção alvinegra, ele é festejado internamente. O Timão vem de quatro anos seguidos de déficit — só entre 2019 e 2020 foram R$ 318,4 milhões no negativo.
Mesmo assim, a situação econômica segue bastante delicada. O clube não vem pagando encargos e impostos e também deve ajudas de custo para jovens atletas das categorias de base — a promessa é de que estas pendências serão quitadas até o fim do mês.
As contas corintianas continuam sofrendo frequentes bloqueios judiciais, o que complica o fluxo de caixa alvinegro. Os salários dos jogadores estão em dia, mas há cerca de R$ 80 milhões em débitos relativos a direitos de imagem.
Embora tenha sido reduzida nos últimos meses, a dívida segue alta. No último balancete divulgado, de abril deste ano, ela era de R$ 962 milhões — sendo mais da metade com vencimento em menos de um ano.
O clube tenta renegociar parte dessas dívidas e, para isso, contratou a consultoria KPMG. Também tenta reduzir custos e melhorar a gestão, com auxílio da empresa Falconi.
Um dos focos está no clube social e nos esportes amadores, que até abril deste ano registravam um déficit de R$ 28 milhões — o prejuízo poderia ser ainda maior se não fosse uma manobra fiscal que repassou R$ 4 milhões do futebol para estes departamentos por meio de rateio de despesas.
Paralelamente, o Corinthians trabalha para atrair receitas para estas áreas. Recentemente, foram anunciados novos patrocínios para as equipes de futsal e futebol feminino. Mesmo assim, membros da oposição do clube apontam falta de agilidade na busca por "dinheiro novo".
Outro ponto que gera preocupação na diretoria alvinegra é o gasto com despesas financeiras, principalmente juros a bancos. Foram mais de R$ 55 milhões no ano passado.
O Corinthians confia num aumento da arrecadação no segundo semestre, mas sabe que o cenário de normalidade deve reaparecer somente em 2022. Por um bom tempo, o clube deve seguir "apertado" financeiramente. Agora, porém, com a esperança de melhores resultados dentro de campo.
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O Clube do Roger Guedes; Quer uma compensação financeira para liberar o Roger Guedes, dá o Luan para eles e à diferença acerta com o empresário, são $ 800,000,00 reais à mais por mês, é o salário do Roger Guedes e o morto na China!
A torcida queria jogadores nível de seleção brasileira de nome,o presidente esta trazendo não esta então porque tem alguns José Ferreira neto querendo saber de onde saiu o dinheiro,como a diretoria ira arcar com os salários vão dar meia hora de bunda se não contrata ficam fazendo protesto no CT cambada,que venha Roger Guedes e VAI CORINTHIANS.
Verdade joga muito mais Roger Guedes
Cássio, Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos/ ou Lucas Piton. Gabriel, Renato Augusto e Giuliano. Mosquito, Jô e Roger Guedes. Vai CORINTHIANS !!!!!!!!!!!
Roger Guedes joga muita mais que dudu e Rony do Palmeiras juntos.