Na última quarta (21), a Quartz Serviços Gerais entrou com uma ação na Justiça de São Paulo para cobrar R$ 1.827.072,04 do Corinthians. Segundo a ação, a dívida se refere a serviços de limpeza contratados pelo clube. O Alvinegro "encontra-se inadimplente a mais de 1.500.dias", diz trecho do pedido assinado pelos advogados da empresa.

Eles pedem para que o Corinthians seja citado para pagar o débito em três dias.

A empresa também requereu o arresto cautelar (pedido normalmente feito quando o credor vê grande risco de não receber) dos ativos financeiros do clube, incluindo valores relativos aos naming rights da Arena Neo Química.



No entanto, as receitas relativas ao estádio não entram nas contas corintianas. Elas vão para o fundo criado para viabilizar a construção do estádio e são usados para pagar dívidas geradas pela arena. "Se o Corinthians alegar que o dinheiro referente aos namimg rights é do fundo, não dele, o judiciário tem meios para fazer o rastreio dos recursos e ver quem é o real beneficiário", disse ao blog Marcelo Alves Muniz, um dos advogados da Quartz.

Ele afirmou que no momento não saberia esclarecer para onde o clube contratou os serviços de limpeza.

A empresa também pediu o arresto de quantias referentes a "cotas de patrocínio, direitos de imagem, contratos de televisão e dos créditos oriundos da venda de publicidade nas placas de publicidade instaladas no estádio até o limite do débito".

Também na última terça, o Foro Central foi declarado incompetente para receber o processo, sendo determinada a redistribuição para o Foro Regional do Tatuapé.

A dívida cobrada tem origem em três contratos celebrados em maio de 2016. Roberto de Andrade, atual diretor de futebol, era o presidente do clube na ocasião.

Os valores mensais dos contratos são de R$ 117.844,12, R$ 39.234,64 e R$ 8.792,82. Os acordos foram firmados quando a empresa, que está em recuperação judicial, se chamava Embrase.



O valor cobrado na Justiça inclui correção, juros, multa e honorários. A empresa apresentou à Justiça uma confissão de dívida por parte do clube datada de abril de 2017.

Até a conclusão deste post, o departamento de comunicação do Corinthians não havia respondido às perguntas do blog sobre a cobrança.





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