O Corinthians apresentou nesta quinta-feira o novo gerente das categorias de base. Aos 58 anos, Carlos Brazil chega ao Timão após três anos de Vasco da Gama. Ele substitui o ex-goleiro Fernando Yamada, que deixou o cargo há cerca de 40 dias após a mudança de diretoria da base.
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Ganhar títulos é consequência de um bom trabalho quando você forma bem. O objetivo principal é revelar jogadores para a equipe principal, para que o Corinthians tenha retorno técnico e financeiro, mas temos que formar bem com disputa de títulos. O objetivo é estar entre os melhores, no Brasil e nos campeonatos estaduais. Títulos são consequências de bom trabalho de formação – disse.
O dirigente disse que já tem um modelo de jogo pensado para os jogadores do Corinthians:
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Vamos fazer um modelo de jogo que entendo ser o melhor. O Corinthians é um time grande e precisa ser protagonista. Para isso, precisamos ter a bola, jogar de uma forma agrupada, com jogo apoiado, com jogo de posições, onde todos cumprem várias funções em campo. Isso vai fazer com que o menino se forme e atenda ao profissional. Estaremos atentos na parte física, precisamos da fisiologia, preparação física e nutrição trabalhando de forma eficaz para entregarmos os meninos da melhor forma – disse o dirigente.
Veja mais trechos da coletiva:
Desafios em um ano financeiramente complicado
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Temos que formar bem, entregar jogadores qualificados, vejo como importante dar um grande foco na captação nos meninos mais novos, ali você prepara o menino para jogar no Corinthians. Vamos focar nisso, evidentemente que quando chega na fase de alto rendimento, no sub-20, sub-23, esse menino precisa estar preparado. A análise de mercado será feita muito pontualmente, pois existem negociações que possam ser vantajosas, não necessariamente usando dinheiro.
– Quando o clube tiver mais estruturado financeiramente, vamos poder contratar grandes jogadores para o sub-20, mas não é o objetivo principal neste momento. É formar e trazer reforços para posições pontuais onde um menino não teve o desenvolvimento adequado. E dá para fazer de outras maneiras, pegando emprestado com valor fixado, por exemplo.
Sub-23
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Numa pós-graduação, fiz um TCC uma vez defendendo o sub-23. No decorrer do tempo, fui vendo que talvez não fosse o ideal, a gente debate isso no Movimento de Clube dos Formadores, onde estou como presidente interino. Debatemos com a CBF. Muitos clubes entendem que talvez o ideal fosse um sub-21. O sub-23 hoje existe, vamos melhorar processos para ela ser de fato uma equipe de transição para a equipe principal. Em vez de emprestar um atleta que estoura nos 20 anos, podemos manter ele aqui. Como ainda não é obrigatório, ainda peca em relação a calendário. Pode ser positivo o sub-23, mas se não for bem trabalhado pode também não ser e virar só custo, e a gente não quer isso.
Projeto
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O projeto não tem segredo. Temos de ter profissionais extremamente qualificados na base, só assim você vai formar, tendo gente qualificada em cada setor: preparação física, área técnica, administrativa. E ter metodologia e processos. O frango é o mesmo, mas o tempero é de cada treinador. Teremos um modelo de jogo para que cheguem no profissional mais prontos.
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