20/4/2021 12:00

"Pensei em parar", zagueiro fala sobre drama antes de voltar ao Corinthians

Em 16 de novembro de 2016, aos 17 anos de idade, Léo Santos sentiu pela primeira vez a sensação de defender o time principal do Corinthians.



Aquela estreia, já como titular, no Estádio Orlando Scarpelli, obviamente representa um marco na carreira do zagueiro. Foi a materialização de um sonho que nasceu com pouco tempo de vida. No entanto, por mais incrível que possa parecer, não significou mais do que entrar em campo para jogar os minutos complementares da partida contra o Ituano, na Neo Química Arena, no último domingo. Quem garante é o próprio jogador.


"Na concentração, entrando no ônibus para ir para a Arena, como eu estava muito tempo longe, você já não sabe em qual banco você vai sentar, você espera o pessoal sentar, como se fosse a primeira vez. Eu fiquei mais nervoso agora do que antes".


Nessa entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, Léo Santos revela que se viu abatido a ponto de pensar em desistir durante a temporada 2020, quando não podia fazer nada além de cumprir com a programação dos médicos.


"Chegou um momento, um breve momento, você acaba nem percebendo, eu pensei em parar. Não em parar, mas eu pensei: 'acho que não vou mais conseguir jogar em alto nível, os movimentos não vão ser iguais eram antes, não vou conseguir saltar...".


Não é difícil compreender Léo Santos. Em março de 2019, após defender o Fluminense no clássico com o Flamengo, à época emprestado pelo Corinthians, ele precisou operar uma tendinite patelar no joelho. Depois, em agosto, sofreu uma fratura e teve de passar por nova cirurgia.


Quando estava prestes a retornar, em julho de 2020, o beque teve outro problema na patela do joelho. Um edema na virilha foi o último percalço antes dele ser liberado para se juntar ao elenco alvinegro.


O drama começou quando Léo Santos tinha 20 anos. A retomada veio oito meses antes do 23º aniversário do zagueiro. Foram 753 dias sem participar de uma partida de futebol.


"Foi bem complicado para mim, principalmente no ano passado. Já tinha feito as duas cirurgias, estava indo, estava indo, e aí tive uma subluxação na patela. Eu estava na bolha do Paulista, fiquei aqui trancado, não estava treinando, só na fisioterapia, isso acaba mexendo com a cabeça do cara".


Então, entrou em cena um personagem importante em toda essa história. Joaquim Grava, chefe do departamento médico do Corinthians, não apenas liderou as cirurgias em Léo Santos como também demoveu as ideias ruins da cabeça da revelação alvinegra.


"Você tem de explicar para o atleta que ele não teve uma lesão comum, foi uma lesão considerada grave, rara no futebol. Expliquei que ele era novo, que poderia confiar, que eu ia fazer ele jogar de qualquer jeito, e fui conversando com ele, lembrando que grandes jogadores já tiveram essa vontade de parar devido a uma lesão grave. E ele confiou, começou a fazer trabalho", relata o médico.


"Ele tinha uma atrofia, não melhorava, era uma perda da musculatura. Emocionalmente, fica um ciclo, o cara entra em processa depressivo. O cara vê jogador que fica um mês no departamento médico e vai jogar, fica esse tipo de pressão. Rede social também não ajuda nessa hora. Expliquei que cada caso é um caso, expliquei a situação do Ronaldo, que ficou um ano e meio parado e voltou. Teve outra (lesão) e voltou".


A primeira paralização do futebol brasileiro devido a pandemia do coronavírus foi mais um fator que atrapalhou.


"Era a fase complementar, a fase que ele ia decolar. Eu trazia ele no meu consultório, mas não é como estar clube, tratando. Isso retardou também", comenta Grava.


Demorou, foram tempos difíceis, mas Léo Santos conseguiu retomar a confiança, concluir seu tratamento e entrar em campo novamente. Agora, ele está pronto para lutar por seu espaço no time do Corinthians.



"Quando a vida pega a gente para bater de jeito, a gente tem de aprender. Me vejo, sim, uma pessoa e um jogador mais maduro, menos ansioso, consigo ter uma percepção diferente das coisas, das situações, e aprendi. Foi muito duro todo esse processo, e a gente tem de tirar, de alguma forma, alguma lição, o lado bom de toda situação".

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Paulo Oliveira     

Na boa estamos muito bem servidos de zagueiro,o mancine poderia muito bem ver o bruno Mendes de volante

Vc e novo tem tudo pela frente vai ter um futuro brilhante forca garoto

Antonio Virginio     

É visdo aí garoto vc é novo e vai vrdtir muito a camisa do Timão e brilhar

carlos figueira     

Leo sempre foi um zagueiro ou volante confiavel de alto nivel hoje torço para ver você recuperado jogando com alegria e dando alegria para a nossa imensa torcida,Deus te oroteja sempretorcida

Força Léo, vc é jovem e ainda vai brilhar com a camisa do Corinthians, terá muita alegria e nós torcedores tbm.

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