Vagner Mancini entrou para um grupo seleto no Corinthians, ao lado de nomes como Tite, Mano Menezes e Fábio Carille. Todos comandaram a equipe por pelo menos 30 jogos neste século.



Entre altos e baixos, o treinador já conseguiu dar uma cara ao time do Parque São Jorge? No podcast UOL Corinthians#4 (ouça na íntegra no episódio acima), o apresentador Pedro Lopes, o colunista Juca Kfouri e o setorista Yago Rudá analisam o trabalho do treinador, contratado em outubro do ano passado, e se a diretoria aposta nele para construir uma identidade na equipe.

"É curioso, porque esse século é marcado pela gestão de Andrés Sanchez e ele consolidou uma imagem de quem mantinha técnico. Porém, a rotatividade de treinadores no Corinthians é igual a dos demais clubes. A manutenção do Mancini se dá muito por falta de opção e pelo reconhecimento de que ele não é Jesus Cristo para fazer milagre. Com o elenco que tem, ele fez um bom trabalho e me surpreendeu. Achava que ele não ia aguentar o Corinthians e ele tem se comportado muito bem", analisou Juca.

Rudá não acredita que Mancini seja um treinador para permanecer no Corinthians por vários anos. "Acho que o torcedor pode esperar que ele cumpra o contrato até o fim desta temporada, a não ser que aconteça alguma coisa muito fora da curva. A diretoria tem ciência de que o elenco é limitado na comparação com o dos rivais. Pensar nele a longo prazo é mais difícil. Penso nele como um técnico de transição. Mancini é um cara para colocar o time nos trilhos", comentou.



Para Juca, a "cara" do Corinthians de Mancini será mesmo a de um time mais defensivo e de poucos gols. "Se você olhar a história do Corinthians, em raras exceções, sempre foi mais um time de luta do que técnico. O Mancini pode fazer no Corinthians o que ele fez no Atlético Goianiense. O fato de não ter torcida no estádio ajuda, porque ele não toma vaia, não sente a massa impaciente", concluiu.

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