A rivalidade entre Corinthians e Ponte Preta começou a ficar séria e com jogos decisivos no Campeonato Paulista de 1977, quando o time do Parque São Jorge quebrou o tabu de 23 anos sem títulos paulistas vencendo a Ponte na final em três jogos.
O primeiro o Corinthians venceu por 1 x 0, com o famoso gol de “ cara” do Palhinha, num lançamento espetacular do saudoso Adãozinho. No segundo jogo, que ainda é o recorde de público do Morumbi (146.082 pagantes), a Ponte venceu de virada, por 2 x 1. O gol do Corinthians foi do Vaguinho, o time de Campinas empatou com um golaço de falta do Dicá e virou com Rui Rei – e eu estava lá junto com a massa corintiana porque todos pensávamos que o Corinthians seria campeão nesse jogo.
E o terceiro jogo, o do título, foi 1 x 0 com o gol do verdadeiro “Pé de Anjo”, Basílio, e finalmente veio o título tão esperado pelos fiéis torcedores. Mas tenho que ressaltar, a Ponte Preta tinha um timaço, e muitos acham que era melhor que o Corinthians.
Mas a minha história com a Ponte começa em 1970: eu tinha 7 anos, o Brasil tinha sido tricampeão do mundo no México, com a melhor seleção de todos os tempos, e nesse time jogava o meu grande ídolo, Rivellino. Assisti a todos os jogos dessa Copa, fiquei encantado com a maravilha que é o futebol, e meu pai, Walter, me levou para assistir na “Fazendinha” o primeiro jogo do Corinthians depois da copa.
Era a volta do Ado (goleiro) e do Riva, que estavam na Copa, e o jogo foi Corinthians 1 x 1 Ponte Preta, gols do Lima (Corinthians) e Manfrini (Ponte). O Ado jogou e o Rivellino, Reizinho do Parque, só deu a volta olímpica num estádio lotado. E eu estava lá.
Já a minha primeira partida contra a Ponte como profissional foi no Moisés Lucarelli, estádio da Ponte Preta, no Campeonato Paulista de 1982. Foi muito difícil, muita rivalidade, grandes times, me lembro bem desse jogo. Eu fiz o gol do Corinthians numa jogada que o Magrão (Sócrates) tentou fazer uma tabela comigo, o zagueiro cortou, mas a bola voltou para ele e bateu de fora da área. O goleiro Carlos soltou, e eu entrei atacando a bola e fiz o gol. Depois o jogo se equilibrou, e a Ponte empatou no final com o lateral Toninho Oliveira.
São essas as minhas lembranças desse confronto. Os dois times ainda fizeram as finais de 1979 e de 2017, sempre com o Corinthians levando o título.
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