Ao contrário da grande maioria dos jogos, a partida entre Corinthians e Santos, realizada na quarta-feira na Neo Química Arena, não contou com faixas e bandeiras da Gaviões da Fiel Torcida, principal organizada do Timão. A ausência dos materiais foi decorrente de uma decisão da CBF, que não autorizou que um representante da torcida os supervisionasse. Nesta quinta-feira, a Gaviões publicou uma carta aberta à entidade criticando a medida.



Através das redes sociais, a torcida organizada argumentou contra a decisão da CBF. A Gaviões afirmou que as faixas e bandeiras “fazem parte da cultura de arquibancada e possuem um grande valor sentimental” e que não concorda em deixá-las sem qualquer supervisão.

A organizada ainda solicitou a presença de um membro nos jogos realizados na Neo Química Arena para vigiar os materiais. A Gaviões da Fiel também reiterou que não deseja aglomerações, mas entende que deveria contar com um representante para “cuidar dos materiais”.

Confira a nota oficial da Gaviões da Fiel

Nós, do Gaviões da Fiel Torcida, viemos por meio deste manifesto, argumentar sobre a relevância do nossos materiais nos jogos do Campeonato Brasileiro com a presença de um representante da Torcida junto aos mesmos.

Sabemos que o público ainda não foi liberado, mas entendemos que um membro no local para cuidar das nossas faixas e bandeiras não oferece nenhum risco ao evento e a saúde dos profissionais que trabalham no jogo – pois o espaço destinado às Torcidas está fora do contato com outras pessoas.

No momento, as arquibancadas já estão vazias e sem a festa e alegria de sempre, nossos materiais apenas devolvem um pouco da emoção do torcedor corinthiano, que está longe dos estádios há meses.

Por isto, solicitamos que a CBF reveja a decisão de não permitir que tenhamos UM (1) responsável no estádio no período da partida.

Nossas faixas e bandeiras fazem parte da cultura de arquibancada e possuem um grande valor sentimental para nós, é nosso patrimônio, é como um filho e, por isso, não concordamos em deixarmos sem nenhuma supervisão. Não queremos aglomerações e não é o que reivindicamos. Mas, nos sentimos no direito de contar com a vigilância de um de nossos representantes, com o intuito exclusivo de cuidar de nossos materiais.



Esperamos que vocês façam valer do propósito e valores dessa instituição, de serem inclusivos, de olharem e se conectarem com os diversos atores que permeiam o futebol – neste caso, os milhares de torcedores.

Contamos com a compreensão de vocês e aguardamos um posicionamento o mais breve possível.

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