Dyego Coelho, ex-jogador e técnico do sub-20 do Corinthians, lançou junto a dois integrantes da comissão técnica da categoria um curso beneficente de futebol de base.



Parte dos fundos arrecadados com as inscrições será revertido para cestas básicas, doadas às comunidades na Zona Leste de São Paulo.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, Coelho falou sobre o curso, o trabalho na base e os melhores prospectos do Corinthians.

O Curso
O curso Comissão Técnica de Elite busca explorar o trabalho feito por Coelho, seu auxiliar Rodrigo Leitão e o analista de desempenho da equipe, Yan Viegas.

“Nossa ideia é trazer um conteúdo diferente do habitual. Nós podemos falar de tática, organização defensiva, ofensiva e tal, mas nossa ideia é passar para quem for participar como é a nossa semana de trabalho, por que treinamos de tal jeito para enfrentar um time com uma determinada característica, como gerimos o grupo, enfim.“

O curso busca interessados em ingressar no mundo do futebol e destrincha grande parte da rotina de quem trabalha com categorias de base.

“Queremos passar a nossa vivência no dia a dia como comissão também: a minha relação com o Yan e com o Rodrigo, como eles e eu trabalhamos em conjunto. E também mostrar conteúdo: vídeos de treinos, materiais que usamos na nossa rotina. Vai ter bastante coisa boa para quem quiser participar.”

Estrutura da base do Corinthians
A base do Corinthians se tornou referência no país em termos de estrutura e títulos.

Nomes como Maycon, Guilherme Arana, Malcom e Pedrinho foram recentemente lançados ao profissional e já tiveram oportunidade de rumar ao futebol europeu.

Todos se destacaram nas categorias inferiores com o técnico Osmar Loss no comando. Hoje, o profissional voltou ao clube como coordenador da categoria.

Comandante atual, Coelho tem características parecidas as de Tiago Nunes, comandante da equipe principal em termos de tática.

“Nossa ideia nem é abordar tanto a parte de tática. É claro que isso também entrará, mas será muito mais em por que adotar um sistema de jogo, como fazer aquilo funcionar, entende? Esta questão de um padrão tático na base é feito de uma outra forma: há a busca pelo perfil individual do atleta, não na forma como o time joga. Até porque há muitas mudanças táticas no futebol o tempo todo. Imagina você “engessa” um lateral a jogar apenas de uma forma, por exemplo. A gente tem que apresentar para o atleta a forma como ele deve se comportar a partir de cada situação.”

Captação e desenvolvimento
Entre os nomes que se destacaram, Coelho revela que não existe padrão físico, e sim um potencial grande de crescimento: “A captação do clube leva várias fatores em consideração. Não há uma receita de bolo com jogadores. Temos altos, baixos, fortes, mais franzinos. O jogador que estiver no Corinthians precisa ser bom, com lastro de evolução e com um perfil interno que temos, que é muito particular do clube.”

Para o comandante, no entanto, a lista de nomes revelados tem tanta qualidade que selecionar um em específico não é justo com os integrantes.

“Eu não gosto de apontar um ou outro nome para não ser injusto. A gente trabalhou com tantos nomes legais, de meninos que estão no clube e que já saíram. Esse é o barato das categorias de base. A quantidade de atletas que a gente lida é enorme, pois as categorias se atualizam ano a ano. Trabalhamos para formá-los da melhor maneira possível, para que tenham oportunidades no clube e, para caso saiam, também consigam desenvolver uma carreira de sucesso.”



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