Pedrinho! Pedrinho! Pedrinho.



A torcida do Corinthians já se acostumou a puxar o coro pela entrada do garoto no segundo tempo das partidas na Arena.

Aos 19 anos, Pedrinho é certeza de show, já que costuma apostar em jogadas individuais. Por conta das obrigações táticas, porém, ele admite que ainda não mostrou tudo o que sabe.

– Até agora não fiz nada tão diferente pela responsabilidade que a gente tem quando entra em campo, mas aos poucos vou me sentindo mais à vontade para dar alguns dribles. Claro que a missão de marcar é intensa, mas sempre tem hora que dá para improvisar algo – disse o jogador.

Aos 19 anos e na sua primeira temporada como profissional, o meia-atacante é um especialista em futebol freestlyle. Em casa ou no CT, é muito comum usar o tempo livre para fazer embaixadinhas e tentar lances de efeito que costuma assistir em vídeos na internet.

– Em casa fico batendo bola na parede, fazendo zerinho (movimento de girar a bola em volta do pé) e tentando me desafiar. Acho que a coisa que levei mais tempo para fazer foi parar a bola na cabeça. Meu pai me ensinou a bater bola na cabeça, mas eu não conseguia pará-la. Com repetição, consegui.

Autor de um gol na temporada, contra o Patriotas, pela Sul-Americana, Pedrinho soma 16 jogos pelo Timão. Em dois deles, teve lances memoráveis: diante do RB Brasil, no Paulistão, quando deu drible desconcertante em Thallyson, e contra o Botafogo, no Brasileirão, quando iniciou a jogada do gol de Jô com um chapéu.

Carille sempre fala para eu jogar meu futebol com responsabilidade. Diz que tenho de marcar, mas quando tiver a bola ali no meio devo fazer o que eu sei fazer – explicou o garoto.

Ainda sem muito fôlego para aguentar 90 minutos, o garoto vem sendo trabalhado pela comissão técnica para ser ainda mais utilizado a partir da próxima temporada.

Sem jogar na 20ª rodada do Brasileirão por conta de compromissos internacionais da Chapecoense, o Corinthians só volta a campo no sábado, às 16h, contra o Vitória, na Arena.