A dificuldade em encontrar um nome de consenso fez a diretoria do Corinthians passar a avaliar a possibilidade de começar 2017 com o auxiliar Fábio Carille como técnico. Muito respeitado pelos dirigentes e pelo elenco, o assistente desponta como uma solução caseira para o problema vivido pelo Timão desde a demissão de Oswaldo de Oliveira.
No clube desde 2009, Fábio Carille sempre foi visto como um discípulo de Tite por seus conceitos táticos e metodologia de treinamentos, perfil que agrada à direção. Outro ponto favorável a ele é participar das decisões sobre contratações e conhecer as carências do grupo atual. Assim, não necessitaria de um período de adaptação, como um técnico contratado.

O auxiliar assumiu o comando da equipe por duas vezes no ano passado, após a saída de Tite e a demissão de Cristóvão Borges, conquistando quatro vitórias, um empate e três derrotas. Na segunda oportunidade, chegou a receber a promessa do presidente Roberto de Andrade de que continuaria até o fim do ano. No entanto, depois, o mandatário optou por Oswaldo de Oliveira.

A ideia inicial é que Fábio Carille inicie o trabalho em 2017 no Torneio da Flórida e no Paulista, mas sendo avaliado de acordo com os resultados e o desempenho da equipe. Em caso de aprovação, ele seria mantido pelo restante da temporada. O caso se assemelha ao de Zé Ricardo no Flamengo.

A busca alvinegra por um treinador vem tendo inúmeros obstáculos. Depois das recusas de Guto Ferreira e Dorival Júnior, os dirigentes corintianos se animaram com o colombiano Reinaldo Rueda.

A negociação, porém, foi descartada pela possível cirurgia que o treinador fará em virtude de dores na região do quadril – ele deve ficar até quatro meses em recuperação.

Outros nomes apresentados não foram consenso na diretoria. Marcelo Oliveira, por exemplo, chegou a ser consultado no início da semana, mas a divergência de opiniões sobre os últimos trabalhos do treinador impediu o avanço nas conversas. Milton Mendes, indicado pelo empresário Carlos Leite, é outro que não possui 100% de aprovação.
Para aumentar a dificuldade, o presidente Roberto de Andrade viaja para os Estados Unidos nesta quinta-feira e só retorna no início de 2017. As próximas negociações serão de responsabilidade do gerente de futebol Alessandro Nunes e do diretor de futebol Flávio Adauto.