Dois meses e quatro dias. Este foi o período que durou a segunda passagem de Oswaldo de Oliveira pelo Corinthians. Em 11 de outubro, o treinador acertou com o Alvinegro paulista, dias após deixar o Sport. Mas não resistiu às críticas após não ter alcançado a meta de classificar o time para a Taça Libertadores.

E foi dispensado na última quinta-feira, após nove jogos no cargo (duas vitórias, três empates e quatro derrotas). Na opinião do comentarista William Machado, ex-jogador do Corinthians, a diretoria fez uma "trapalhada" ao lidar ao contratar e demitir um treinador em um prazo tão curto.

- Não tem como defender (o trabalho da diretoria do Corinthians). É indefensável. Se falamos do tempo que o técnico precisa... Se já no início da temporada, precisa de tempo quando não conhece o elenco, quando assume no final da temporada... E com tudo o que o Corinthians já tinha vivido em 2016, acho uma trapalhada enorme fazer isso com o próprio Corinthians primeiramente. Não se dar o tempo necessário para o técnico. (Isso) demonstra a incapacidade de dirigir um time tão grande - considerou.

Jogador do Corinthians entre 2008 a 2010 e ex-gerente de futebol do clube, William lembra que as trocas constantes de treinadores causam um impacto financeiro no clube. O gasto com a demissão do treinador chegará a aproximadamente R$ 1 milhão.

- E isso tem um impacto financeiro para o clube. O Corinthians tem que pagar para o Oswaldo de Oliveira uma multa. Aí vai demitindo e contratando, demitindo e contratando, e vai onerando e tirando poderio financeiro da equipe para contratar jogadores e profissionais para outras áreas.

A diretoria do Corinthians ainda não anunciou o substituto de Oswaldo de Oliveira. Inicialmente favoritos ao cargo, Guto Ferreira e Vanderlei Luxemburgo foram descartados pelo diretor de futebol do clube, Flávio Adauto.

Em entrevista ao SporTV, Adauto garantiu que o profissional já estaria escolhido. Faltava ele aceitar a proposta do clube.

- Estamos trabalhando apenas com um único nome porque temos pressa, mas não excessiva. É brasileiro. Se dermos os detalhes corremos risco de dar um passo errado. E isso não queremos fazer. Vamos segurar. É um profissional vencedor, tem trabalhos bem feitos no Brasil. É um nome que se conseguirmos tê-lo, acredito que vamos atingir o que pretendemos. Se não der certo, vamos partir para um segundo. Já escolhemos o treinador. Esperamos que ele nos escolha também - disse.