Corinthians e Fluminense se enfrentam nesta domingo, às 16h, na arena do estádio da equipe paulista. E, como já aconteceu na última quarta-feira, quando os dois times se enfrentaram no mesmo local, pela Copa do Brasil, com 20,6 mil pagantes, o estádio deve ficar longe de sua capacidade máxima (48 mil lugares).

Situação que deve agravar a queda nas receitas que o Corinthians consegue com seu estádio, que custou mais de R$ 1 bilhão e que teve parte ínfima de seu financiamento pago.

No Campeonato Brasileiro do ano passado, o clube, depois de pagar todas as despesas, teve um lucro de R$ 23,721 milhões nos 18 jogos que fez na Arena, o que dá uma média, por partida, R$ 1,318 milhão.

Em 2016, depois de 12 partidas no estádio, o Corinthians lucrou R$ 12,924 milhões. Isso significa uma média quase 20% menor que a do ano passado, ou R$ 1,077 milhão.

E a situação vem piorando nas últimas rodadas. Contra o Vitória, o lucro foi de apenas R$ 412 mil. Contra o Sport, R$ 610 mil. No jogo da Copa do Brasil, contra o Fluminense, sobraram só R$ 483 mil depois do pagamento de todas as despesas da Arena, que estão entre as mais alta do país.

Dois motivos explicam a queda nas receitas corintianas com seu estádio. O primeiro, óbvio, é o menor número de torcedores. Em 2015, quando foi campeão, o time teve média de 34.150 pagantes como mandante. Agora, cada vez mais longe da disputa pelo título, reúne, em média, 31.965 torcedores por partida.

E o clube também não consegue cobrar o mesmo dos que continuam indo. No ano pasado, o preço médio de um ingresso nos jogos do Corinthians foi de R$ 59,71 no Brasileiro. Só com a inflação, esse valor deveria estar próximo hoje dos R$ 65. Mas, na edição 2016 do Nacional, o clube tem uma média de R$ 55,09 por entrada vendida.

Todo dinheiro que o Corinthians lucra com rendas vai para o pagamento do estádio. Com menos dinheiro, ele vai demorar mais para ser pago.