1/4/2016 08:01

Briga de Palmeiras e Corinthians em 99 começou na 25 de Março e terminou no bar

Briga de Palmeiras e Corinthians em 99 começou na 25 de Março e terminou no bar

Um dos clássicos mais lembrado da história entre Palmeiras e Corinthians foi realizado na final do Campeonato Paulista de 1999. No auge da rivalidade dos clubes, Edílson resolveu dar as famosas embaixadinhas aos 30 minutos do segundo tempo quando o título já estava garantido. Depois disso, aconteceu uma briga generalizada com direito a muitas cenas lamentáveis e goleiro reserva voando pelo túnel.

Naquele ano, os times haviam se enfrentado muitas vezes. A equipe comandada por Luiz Felipe Scolari tinha eliminado o clube alvinegro nas quartas de final da Copa Libertadores da América nos pênaltis, na partida conhecida como "toda nudez será castigada", já que os jogadores Vampeta e Dinei (que haviam posados nus para a revista "G Magazine") perderam suas cobranças.

Entre as duas partidas da final da competição continental contra o Deportivo Cali-COL seria disputado o primeiro jogo da final do Estadual.

Visando a conquista do título inédito, o Palmeiras entrou com uma formação reserva e levou 3 a 0 do Corinthians. Na quarta-feira seguinte, o clube alviverde disputou o último jogo da Libertadores e foi campeão nos pênaltis.

NARIZ DE PORCO NA 25 DE MARÇO

Durante a semana da decisão paulista sobraram provocações de todos os lados. Com a conquista praticamente assegurada, Dinei teve a ideia de apimentar ainda mais o duelo e passou em uma famosa rua no centro da capital paulista para fazer compras.

"O Paulo Nunes tinha mania de provocar e gostava de comemorar os gols com máscara da Tiazinha, véu de Feiticeira e colocava até nariz de porco. Eu fui na 25 de março e comprei tudo isso, coloquei num saco preto de lixo e levei para o Morumbi. Antes do jogo começar, deixei tudo no banco de reservas. Depois do apito final a gente ia colocar tudo isso tirar a maior onda", conta o ex-atacante, em entrevista ao ESPN.com.br.

Em um jogo tenso, com os palmeirenses, que entraram com os cabelos pintados de verde, não queriam deixar os rivais carimbarem a faixa da Libertadores. Já os corintianos administravam a larga vantagem. O placar estava empatado em 2 a 2 aos 30 minutos do segundo tempo. O zagueiro Cléber havia sido expulso por acertar um pontapé em Marcelinho Carioca.

Foi então que na ponta-direita, próximo ao banco de reservas do Corinthians, que o atacante Edílson parou. Tocou a bola para cima e fez cinco embaixadinhas antes de tentar equilibrá-la no pescoço. O lateral Júnior correu para cima e acertou um chute em suas pernas. Paulo Nunes tentou acertar um soco. Começou uma briga generalizada no gramado do Morumbi.

"Estava tudo certo pra gente depois do final do jogo usar as máscaras e os narizes de porco. Estava tudo combinado e até o Oswaldo de Oliveira sabia disso. Mas o viado do Edílson não avisou ninguém que ia fazer as embaixadinhas (risos)", recordou.

O goleiro reserva Renato foi proteger o "Capetinha" da fúria de Roque Júnior e trocou sopapos com o zagueiro. O pentacampeão ainda perseguiu o arqueiro, que para não apanhar se atirou como um mergulhador no túnel do vestiário.

"O mais incrível é que ninguém se machucou naquela briga nem o Renato, que caiu de pé de uma altura grande e de chuteira. Ele salvou o Edílson, imagina se o Roque consegue chegar nele? O Edílson aquele anãozinho e o Roque com quase dois metros de altura? (risos)", comentou Dinei.

"Pior que com aquela confusão nem deu tempo da gente usar as coisas que eu tinha comprado, foi tudo usado na briga. Os caras jogaram os narizes de porco, as máscaras, tudo...Se você olhar fotos do banco de reservas do Palmeiras vai ver que ficou tudo lá (risos)", garantiu.

Alegando falta de segurança, o árbitro Paulo César de Oliveira encerrou a partida escoltado pela polícia e o Corinthians faturou seu 23º título paulista. Jogadores alvinegros comemoraram timidamente a conquista, enquanto os palmeirenses saíram revoltados.

"Faltou respeito. Nós não temos culpa que eles não ganharam a Libertadores. Fica com o Paulistinha que eles merecem", disse Paulo Nunes na saída de campo. Pela repercussão do caso, Edílson acabou cortado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo da Copa América daquele ano.

TUDO TERMINOU EM UM BAR

Vários daqueles atletas eram colegas de seleção brasileira e conquistariam o pentacapeonato mundial na Coreia do Sul e Japão, em 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Além disso, eram amigos fora dos campos e sempre se encontravam na vida noturna de São Paulo, inclusive Edílson e Paulo Nunes.

Na mesma noite, segundo Dinei, a batalha campal tudo se resolveu da forma mais inusitada possível. Vários jogadores se cruzaram em um bar chamado Baluarte, localizado na rua Turiassú, zona oeste da capital.

"Chegou Edílson, Rincón, Vampeta e eu lá. Numa outra mesa estava o Júnior Baiano, Paulo Nunes e mais uns caras do Palmeiras. Pessoal achou que íamos fechar o tempo e brigar ali mesmo, mas que nada. a gente juntou as mesas e ficamos bebendo cerveja a noite inteira. Demos muita risada relembrando da confusão toda. Quem passava pela nossa mesa não entendia nada" , garantiu.


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9000 visitas - Fonte: ESPN

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