22/2/2016 13:39

Campeão e ídolo na Arábia, Carlos Eduardo balançou com o Corinthians

Meia brasileiro evita sair nas ruas por conta do assédio, ganha destaque no país saudita com gols e títulos e revela ter ficado empolgado com a proposta do Timão

Campeão e ídolo na Arábia, Carlos Eduardo balançou com o Corinthians
Meia brasileiro Carlos Eduardo é um dos destaques do Al Hilal, clube da Arábia Saudita (Foto: AFP)

Jogar na Arábia Saudita pode ser sinônimo de muito dinheiro, aventura e casos inusitados. Cultura e idiomas diferentes, culinária repleta de curiosidades, e muita paixão pelo futebol. Sem limites, em alguns casos. E quem passa por isso tudo é o meia Carlos Eduardo, do Al Hilal. Na sexta-feira passada ele foi campeão da Crown Prince Cup, na vitória por 2 a 1 sobre o Al Ahli. Idolatria, proposta tentadora do Corinthians e momento único na carreira. O brasileiro tem alguns "causos" para contar.

Carlos Eduardo, que foi revelado pelo Desportivo Brasil, ficou mais conhecido no Brasil quando defendeu o Fluminense, em 2009. Porém, muito jovem, teve pouco destaque. Passou por Estoril e Porto, em Portugal, antes de ter um bom desempenho pelo Nice, quando ficou emprestado na temporada 2014-15. Foi o suficiente para o Al Hilal investir € 7 milhões (R$ 30 milhões) e levá-lo para a Arábia. O Corinthians tentou contratá-lo no início do ano, mas o clube saudita recusou a oferta brasileira.

O Al Hilal lidera a Liga Nacional com 40 pontos, um a mais do que o Al Ahli, adversário da última sexta-feira na final da Crown Prince Cup.

TÍTULOS E BOA FASE:



Carlos Eduardo comemora título da Crown Prince Cup (Foto: Reprodução/Instagram)

- Está sendo muito bom, tenho seis meses aqui e as coisas estão dando certo. Vim do Porto, antes tive uma temporada muito boa no Nice. E tive a oportunidade de jogar no Al Hilal, que é o maior clube da Arábia Saudita. Foi muito bom. Para um meia fazer 22 gols em uma temporada é bastante. Claro que tem muito campeonato ainda, mas está sendo muito bom. Chegaram várias propostas, e o pessoal fala que vou ficar sumido aqui. Mas recebi propostas do Brasil e de clubes da Europa, sinal de que não estamos tão escondidos. Já fui campeão e fiz gol na final da Supertaça, em Londres. E tem sido muito bacana.
TROCAR A EUROPA PELA ARÁBIA:

- Em primeiro lugar, a questão financeira. Então, isso foi o que mais pesou. Estava bem na França, e tinha bons clubes (de olho). Na época tive proposta do Monaco, mas o Porto chegou ao acordo com o clube da Arábia Saudita, e aceitei. Mas foi uma boa escolha.
PROPOSTA DO CORINTHIANS:

- Deu uma balançada, claro. Teve o interesse do Corinthians, e senti vontade de ir sim. Mas não dependia da minha vontade, mas do clube aqui. Sabia que não dependeria que seria difícil ser liberado. Estamos na briga pelo título (da Liga Nacional), acho que seria quase impossível. Mas fiquei muito feliz pelo interesse. Hoje estou mais maduro e experiente. Joguei no Fluminense com 18, 19 anos. Era muito novo. Não atrapalhou, mas tudo tem seu tempo. Mas hoje me sinto muito bem para voltar e jogar em um grande clube. O melhor de tudo é saber que o trabalho está sendo reconhecido. E até pelo clube que veio atrás, o Corinthians. O interesse foi real e fiquei muito feliz por isso.
IDOLATRIA DOS SAUDITAS:

- O time tem muita torcida. Eu tinha poucos seguidores no Instagram, hoje tenho 400 mil seguidores (risos). Então, o pessoal aqui é fanático. Quando saio aqui tenho que ter um pouquinho de paciência. Eu até evito, minha esposa quer passear, ir no shopping. Eu fiz um passeio até com meus pais, tive que sair com segurança do shopping. Em qualquer lugar é assim. Até mesmo na Europa há muitos torcedores. Eles encheram o estádio do QPR na final da Supertaça. Quando vamos jogar a Champions da Ásia, em Dubai ou no Catar, o estádio é tomado pelos torcedores. Mas tem o lado bom e ruim, pois quando você quer sair com sua família não consegue. Faz parte, sinal que estou contribuindo para o clube.

"EMBROMATION":

- As pessoas falam muito inglês aqui, mas eu falo pouco. Só para enganar mesmo. Tenho que me virar no "embromation", mas estou aprendendo o inglês e isso vai ajudar bastante.

CABEÇA DE CARNEIRO NO ARROZ:

- A culinária é diferente, mas no clube tem opções comuns. Às vezes tem algumas coisas diferentes. Como arroz com carneiro, é como se fosse um grande banquete de arroz com uma cabeça de carneiro no meio (risos). É bem diferente. O clube oferece arroz, macarrão, não tem feijão. Mas dá para comer bem. Eu nunca tinha visto as pessoas comerem com as mãos, depois a gente a acostuma. Quando cheguei, achei estranho.


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9087 visitas - Fonte: Globo Esporte

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