Em uma apuração marcada por empurra-empurra e prisão, a Império da Casa Verde consagrou-se campeã do Carnaval paulistano em 2016. Com 269,4 pontos, a escola da zona norte acumulou três décimos a mais que a segunda colocada, a Mocidade Alegre, que foi tricampeã em 2012/13/14. Em terceiro ficou a Acadêmicos do Tatuapé, que fez o mesmo número de pontos que a segunda, mas perdeu no quesito-desempate. A Vai-Vai, que defendia o título, foi quarta colocada.

As duas escolas do Grupo Especial ligadas a torcidas organizadas de futebol ficaram na parte de cima da tabela. A são-paulina Dragões da Real, que chegou a brigar com a Império da Casa Verde pela primeira colocação, terminou no quinto posto. A Gaviões da Fiel encerrou no sétimo lugar.

A apuração teve momentos de tensão e nervos aflorados. Tudo começou quando um julgador do quesito evolução deixou em branco a nota da Império da Casa Verde. Nesse momento, alguns integrantes de escolas tentaram invadir o espaço destinado à mesa onde estava o presidente da Liga das Escolas de Samba. Tempos depois, após outra omissão de um jurado, desta vez no quesito harmonia para a Dragões da Real, a confusão se instalou de vez. Um grande empurra-empurra se disseminou até a parte externa do pavilhão onde ocorria a apuração. Um integrante da diretoria da Vila Maria acabou detido e levado para a delegacia.

Não foi a primeira vez que a apuração do desfile teve confusão. Em 2012, um membro da Império da Casa Verde foi à mesa, roubou um envelope com notas e o rasgou. A partir daí, um quebra-quebra começou a acontecer, com torcedores atirando objetos e tentando romper a grade onde estava a organização do Carnaval. Por conta disso, a divulgação das notas passou a acontecer sem a presença de torcedores.