19/1/2016 15:05

Depois de furar boicote, Clarissa é dispensada do Corinthians/Americana

Pivô, que jogou na temporada passada da WNBA pelo Chicago Sky, não poderá atuar por nenhum outro clube do Brasil até o fim da Liga de Basquete Feminino (LBF)

Depois de furar boicote, Clarissa é dispensada do Corinthians/Americana
Uma das principais jogadoras do país, Clarissa foi dispensada pelo Corinthians/Americana após furar o boicote à seleção brasileira apoiado pelo seu clube. A pivô de 1,84m foi um dos maiores destaques da campanha pela medalha de prata no evento-teste, porém, foi informada da decisão de sua equipe através de uma carta. Ao se apresentar, ela disse que "seguiu o que acredita ser certo". A carioca de 27 anos, que atuou na temporada passada da WNBA pelo Chicago Sky, não poderá defender nenhum outro time da Liga de Basquete Feminino (LBF) até o fim do campeonato. Embora tenha recebido uma série de propostas do exterior, é provável que ela renove o contrato com a franquia de Chicago pela liga americana de basquete. O camping de treinamentos do Sky começa no dia 24 de abril.

- A Clarissa está segura de tudo o que fez. É claro que ela não está feliz, porque ela queria terminar o campeonato. Ela não joga por dinheiro, joga porque ama o basquete. Mas o clube reagiu desta forma - disse Fábio Jardine, empresário de Clarissa.

A pivô foi um dos grandes destaques da campanha brasileira pela medalha de prata no evento-teste para as Olimpíadas. Nas vitórias sobre a Venezuela e a Argentina, ela anotou dois duplo-duplos: 28 pontos e 19 rebotes na estreia e 13 pontos e 15 rebotes na segunda partida. O time comandado por Antonio Carlos Barbosa só perdeu para a Austrália, campeã mundial em 2006 e presença constante no pódio olímpico desde Atlanta 1996, com três pratas e um bronze.

Referência da seleção, ao lado de Erika de Souza e Iziane, Clarissa teve uma temporada impecável em todas as competições que disputou. Em dezembro do ano passado, pelo Corinthians/Americana, a carioca igualou o recorde de maior número de rebotes em uma mesma partida da Liga de Basquete Feminino (LBF): 23 - marca que pertencia a ela. No jogo contra o Maranhão, foram nove rebotes ofensivos e 14 defensivos.

Pelo Chicago Sky, ela participou de 31 dos 34 jogos e teve média de 5,3 pontos e 4,6 rebotes por partida, com 17,6 minutos de média em cada partida. Em sua primeira temporada pela WNBA, liga americana de basquete, defendendo as cores do Chicago Sky, Clarissa foi elogiada pela técnica Pokey Chatman, que revelou nunca ter visto uma atleta tão esforçada. A carioca costumava ser sempre a primeira a chegar na academia para treinar e encantou as companheiras do clube com a sua determinação, disciplina e talento. Os primeiros passos da pivô no esporte foram no vôlei e, em seguida, no atletismo, disputando provas de arremesso de peso e lançamento de dardo no Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande (RJ).

CLARISSA É PUNIDA POR FURAR BOICOTE
Das 12 convocadas na primeira lista divulgada pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), nove atuam em três times do colegiado, que vive um conflito com a entidade. Damiris, também do Corinthians, pediu dispensa por lesão. Outras sete jogadoras alegaram "razões pessoas", no entanto, elas foram orientadas por seus clubes a não defenderem a seleção. Estão neste grupo Adrianinha (América-PE), Gilmara (Corinthians/Americana), Jaqueline (Santo André), Joice (Corinthians/Americana), Tainá (América-PE), Tássia (Santo André) e Tatiane (América-PE). Houve atleta que chorou ao assinar a carte de dispensa, e Clarissa foi a única a contrariar a orientação do seu clube, embora diga que não houve tal pedido do Corinthians/Americana.

Gestor do Corinthians de Clarissa, Ricardo Molina é o líder do colegiado, que exige que os seis técnicos que dirigem os clubes da LBF façam parte do departamento técnico da seleção brasileira feminina. Para o colegiado, o diretor de seleções Vanderlei Mazzuchini foca suas atenções na equipe masculina. A CBB alega que a estrutura dada para homens e mulheres é a mesma, inclusive o valor das diárias em viagens, e afirma que o colegiado quer dar um golpe para comandar a seleção feminina, e isso, para a entidade, é inaceitável.
A CBB ainda cumpriu duas solicitações do colegiado, trocando o técnico Luiz Augusto Zanon por Barbosa - oficialmente Zanon deixou o cargo por causa de um problema de saúde - e nomeou Adriana Santos para o novo cargo de coordenadora da seleção feminina. As sete atletas que pediram dispensa foram intimidadas a depor no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Basquete.


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