Tite se emocionou durante a última entrevista pré-duelo com Coritiba

O Corinthians está a dois resultados do sexto título de campeão brasileiro. Uma vitória neste sábado contra o Coritiba, na Arena Corinthians, e um empate do Atlético-MG contra o Figueirense, no domingo, assegura a conquista nacional ao clube de oportunidade. Quanto mais próximo do objetivo, mais tenso fica o grupo. Quem garante é o próprio técnico Tite.

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, véspera do duelo pela 34ª rodada da Série A, Tite descartou qualquer chance de o grupo entrar em campo ‘relaxado' diante dos paranaenses. A convivência nos treinamentos durante esta semana comprovam: a equipe se encontra ansiosa antes da possível decisão.

"O grupo estará relaxado quando conquistar o título. Enquanto ela não bater...não. O Gil veio aqui e disse que estava ‘agoniado'. É natural essa ansiedade, mas aqui tem profissional focado, direcionado a jogar bem", discursou o treinador corintiano.

Ciente da expectativa excessiva pelo lado do torcedor, Tite escolheu bem as palavras para evitar qualquer discurso arrogante às vésperas do duelo contra o Coritiba. O comandante corintiano tem como exemplo a vitória dos paranaenses sobre o Flamengo, diante de mais de 60 mil pessoas em Brasília, como exemplo do que não fazer.

"Já gritaram ‘campeão' no outro jogo, é compreensível a emoção do torcedor, a manifestação é compreensível. Ele é o motivo maior, mas a gente quer por completo. Não tem nada adiantado, nada conquistado, porque do outro lado tem um adversário qualidade. Disputando posições diferentes, mas com qualidade", acrescentou.

O único momento no qual Tite perdeu a concentração ocorreu quase no fim da entrevista. Perguntado sobre quem seria a primeira pessoa que gostaria de abraçar, no momento em que o Corinthians confirmasse o título, o comandante olhou para o teto, procurou segurar as lágrimas, mas desabou.

"Meu pai...perguntando isso, você me arrebenta. Queria que ele saboreasse esse outro lado, da conquista", resumiu o treinador corintiano, com lágrimas nos olhos às vésperas do jogo que pode decretar o segundo título nacional da carreira de Adenor Leonardo Bacchi.