Tite abriu sua entrevista após a vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa exaltando “a grande atuação” do Corinthians. Mesmo com uma formação que só tinha o zagueiro Felipe de titular, houve clara superioridade durante toda a partida, motivo pelo qual os atletas se surpreenderam com a indagação do chefe no intervalo.

“Eu falei, em um tom de voz mais forte: ‘Vocês querem que eu fale a verdade?’. Repeti, naquele tom forte: ‘Vocês querem que eu fale a verdade?’. Eles fizeram aquela cara. E eu falei: ‘Está jogando muito, está jogando muito’. Mas ainda faltavam 45 minutos, era preciso continuar no segundo tempo”, afirmou o gaúcho.

O treinador fez questão de chamar repetidas vezes o duelo de “clássico” – após uma de suas pausas dramáticas, recordou o período em que defendeu a Portuguesa, marcando “o gol do Fantástico” de um domingo. Ele se recusou a admitir a atual fragilidade rubro-verde e acabou aprovando também a etapa final.

“Teve 29 finalizações. Acabou caindo um pouquinho o grau de precisão. Se tivesse mostrado um pouquinho mais de calma, poderia ter traduzido isso no resultado, poderia ter construído um placar maior. Não vá dizer que a Portuguesa é mau time. Foi porque jogou muito”, bradou Tite.

De acordo com o técnico, os jogadores souberam reproduzir o que foi trabalhado no CT do Parque Ecológico. Capitão da noite, Danilo pediu isso aos companheiros antes do jogo e fez brilharem os olhos do comandante, cada vez mais imerso ao personagem que adotou.

“Vou pegar as palavras que o Danilo passou: ‘Vamos jogar do jeito que a gente treina’”, relatou o gaúcho, arregalando os olhos e fazendo mais uma pausa dramática. “Nós jogamos do jeito que a gente treina! Lá, só não tem a pressão, o clima de fora, mas a gente cobra.”