17/3/2015 10:39

Clubes faturariam dobro com bilheterias se segurança fosse ideal, indica estudo

Clubes faturariam dobro com bilheterias se segurança fosse ideal, indica estudo
Quanto um clube de futebol brasileiro poderia arrecadar se estádios fossem absolutamente seguros? O dobro do que fatura nas condições atuais, segundo estudo acadêmico feito Rodolfo Ribeiro, professor de administração e marketing e líder do núcleo de pesquisas em futebol do Senac em São Paulo.

Considere a seguinte hipótese: seu time vai enfrentar o principal adversário, clássico, na final da Copa Sul-Americana – foi considerada esta competição, não a Copa Libertadores, porque o pesquisador supôs que na Libertadores o torcedor está disposto a assumir mais riscos para ir à partida. O ingresso custa R$ 100. Com a segurança de hoje, a probabilidade de o torcedor comprar a entrada é de 44,5%. O estádio vai lotar, porque o apelo da ocasião é muito alto, o que não quer dizer que todo o potencial de receita foi atingido.

Agora imagine que, nesse mesmo contexto, a segurança seja garantida. Há polícia na região, acesso facilitado, harmonia entre torcidas. Nada de briga, nem bomba. Internacional e Grêmio mostraram que isso é possível este ano mesmo com torcida mista, por isso ilustram este texto. A probabilidade de compra do tíquete sobe para 67,3%. O estádio tem o mesmo tamanho e vai lotar com maior facilidade, portanto o clube pode cobrar mais caro pelo ingresso – R$ 209, pouco mais que o dobro da segurança atual.

- A probabilidade de compra de um ingresso nunca chega a 100%, porque há pessoas que não se interessam por ele. Não importa o preço que você coloque numa manteiga, por exemplo, há pessoas que não se interessam pelo produto mesmo que ele esteja barato. Mas à medida que o preço se altera a probabilidade de compra aumenta e gera crescimento na demanda – explica o professor ao blog.

O estudo foi feito em duas etapas. Na primeira, a coleta dos dados, 187 pessoas responderam questionários online que simulavam a escolha por um ingresso. Para cada jogo, mudavam preço, adversário e horário da partida. Havia duas opções: comprar ou não comprar. Cada indivíduo pôde escolher quantos jogos quisesse, inclusive nenhum. Entre essas pessoas, havia 80,2% de homens e 19,8% de mulheres, e idades variaram entre 16 e 87 anos, com média de 29,7 anos.

Na segunda etapa, a análise dos dados, Ribeiro usou modelagem estatística conhecida como regressão logística para calcular a intenção de compra do torcedor conforme cada variável. A confiabilidade do resultado na hipótese citada acima, a "margem de erro", segundo o professor, é de 95%.

É evidente que a arrecadação adicional que clubes teriam com segurança absoluta varia conforme duas outras variáveis, tamanho de torcida e tamanho de estádio, não consideradas neste estudo. Mas este é um parâmetro acadêmico que vale para todo time, com suas devidas variações, para medir quanto se perde por entidades esportivas e poder público negligenciarem a segurança no futebol. E é muito dinheiro.


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