Considerada a principal do mercado, a janela de transferências na Europa fechou na última segunda-feira na maioria dos países do continente, sem que o Corinthians conseguisse chegar perto da meta aproximada de R$ 55 milhões com a venda de jogadores em 2019 – outras janelas seguem abertas, como nos Emirados Árabes e em Portugal, que fecha em 22 de setembro.

Algumas peças do elenco foram sondadas, mas a única venda na janela foi a do volante Douglas, que estava emprestado ao Bahia, para o PAOK, da Grécia. Somadas outros valores, como o mecanismo de solidariedade com a ida de Malcom ao Zenit, da Rússia, e a venda de Juninho Capixaba no início da temporada, o valor lucrado é de cerca de R$ 23 milhões.


Faltam, portanto, mais de R$ 30 milhões.


Internamente, o Corinthians admite a necessidade de vender atletas para equilibrar as contas. O déficit do clube até este meio do ano já ultrapassa os R$ 100 milhões. O Conselho de Orientação, o CORI, inclusive, chegou a pedir explicações e um plano de contingenciamento.

Os lucros
Aos 22 anos, Douglas foi negociado com o PAOK no fim de junho. A venda ao clube grego rendeu aproximadamente R$ 13 milhões. O Corinthians era dono de 85% dos direitos econômicos do jogador. O Bahia teve direito a 10% do valor total da negociação, dinheiro fruto da chamada taxa de vitrine. O Fluminense também ficou com um percentual baixo do negócio.

Antes disso, em fevereiro, o Corinthians já havia negociado o lateral-esquerdo Juninho Capixaba com o Grêmio, por R$ 6 milhões. Esse valor já foi contabilizado pelo clube.

A ida de Malcom ao Zenit, da Rússia, também beneficiou o Timão, via mecanismo de solidariedade da Fifa. Com direito a pouco mais de 2,5% da negociação, o Corinthians ficou com cerca de R$ 4,3 milhões. O time russo desembolsou 40 milhões de euros pelo jogador (R$ 172 milhões).

As possibilidades
O Corinthians esteve muito perto de avançar na meta. Afinal, o clube chegou a finalizar a venda de Gabriel para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, por 5,5 milhões de euros (R$ 27 milhões). A negociação, porém, não chegou a ser concretizada, já que o clube árabe preferiu Cuéllar, do Flamengo.

O Timão também recebeu uma oferta por Mateus Vital. O valor oferecido pela Roma, da Itália, não empolgou. O clube espera lucrar entre 12 e 15 milhões de euros (R$ 55 milhões e R$ 69 milhões na cotação atual) com o jogador.

Clayson chegou a ser sondado por clube mexicano e Pedrinho, de acordo com seu empresário, foi sondado por inúmeros clubes de fora do país. Nada oficial foi apresentado ao Timão. Gustagol também deixou o Timão com o sinal de alerta ligado.

O zagueiro Henrique, por sua vez, foi liberado para vestir a camisa do Al-Ittihad Kalba. A rescisão do vínculo foi feita de maneira amigável. Não houve lucro pela negociação, apenas um alívio no caixa, já que o salário do defensor era considerado alto.