Desde que deixou o Timão, Zé Augusto já esteve na Lusa e agora no Audax (Reginaldo Castro/Gazeta Press)

Lá se vão quatro anos desde que Zé Augusto deixou o Corinthians. O treinador foi funcionário alvinegro durante 12 temporadas e ainda não conseguiu se desligar do antigo clube. Tanto que, apesar de fazer trabalho elogiável no Audax, está louco para voltar ao Parque São Jorge. “Seria um grande presente para a minha vida”, admite Zé Augusto, que faturou 25 títulos na base corintiana. Ele ainda foi técnico interino do elenco profissional, em 2007, na campanha que rebaixou a equipe para a Série B.

BLOG: A base do Corinthians está passando por mudanças após dois escândalos e seu nome tem sido cogitado. Voltaria a trabalhar no Timão?
ZÉ AUGUSTO: É a minha vontade. Eu e meu filho nos identificamos muito com o Corinthians e seria um grande presente para a minha vida. Diria que seria um privilégio enorme, um momento de glória.

E gostaria de voltar em algum cargo específico?
Não. Minha gana é de revelador vários jogadores, como fiz com Willian, Dentinho, Fagner, Marquinhos, Everton Ribeiro… todos no Corinthians. Posso ser técnico ou um coordenador. das categorias de base. E meu nome é absolutamente limpo.

Você colecionou títulos e chegou a dirigir o time principal em 2007. Por que foi mandado embora em 2012?
Foram 25 títulos, contando todas as categorias de base. Fiquei 12 anos no Corinthians e ganhamos o Paulista e o Brasileiro sub-17, fomos cinco vezes campeões do Paulistão, sem contar os dois Mundiais. Na hora de me demitirem, disseram que gostavam de mim, mas pensavam numa reformulação.

O Fábio Carille acabou de virar técnico interino do Timão, como você em 2007. Acha que ele vai se sair bem?
Bem que eu queria ter a situação do Fábio na minha época. Ele já está há sete anos no profissional, o que agiliza tudo. Eu trabalhava em Itaquera, à frente das categorias de base, então não tinha muito contato com os atletas profissionais.

Por que ficou só sete jogos no comando do time, se chegou a ser efetivado?
Chegamos a ganhar do Santos por 2 a 0 (jogo que valeu a efetivação de Zé Augusto) e também o América-RN. Mas a situação era complicada, porque existia muitos problema de elenco. E eu não tinha praticamente suporte nenhum. (Zé sucedeu Carpegiani e deu lugar a Nelsinho Baptista após quatro derrotas seguidas).