Único titular do Corinthians que trabalhou na manhã desta segunda-feira, o goleiro Cássio esbanjou serenidade no CT Joaquim Grava. Não estava nem um pouco incomodado com o corte que sofreu na perna direita em uma dividida com o atacante Gabriel Jesus, no empate por 3 a 3 com o Palmeiras, apesar dos cinco pontos que levou no local no intervalo do clássico. E muito menos com quem questiona os méritos do líder do Campeonato Brasileiro.

“O que importa é que nós mesmos valorizamos o nosso trabalho. Se for ver, fizemos coisas muitos positivas. O que acontece é que aqueles que não torcem pelo Corinthians são anti”, sorriu Cássio, quando um repórter notou que o técnico palmeirense Marcelo Oliveira creditou a igualdade de domingo aos erros de sua equipe, e não às virtudes corintianas. “Estamos bem tranquilos. Os jogadores aqui se dedicam sempre e muito, então não é à toa que somos líderes. Temos o apoio da nossa torcida e estamos fazendo bem o nosso trabalho.”

As principais contestações de concorrentes – ou dos “anti” – ao Corinthians referem-se a erros de arbitragem que favoreceram o time de Tite em algumas rodadas. O assunto já começou a causar desconforto. “Não cabe a nós dizer certas coisas porque estamos em campo para jogar, e não para arbitrar”, avisou Cássio, mas sem se exaltar.

Tite tem orientado os seus jogadores a ignorar a polêmica da arbitragem no Campeonato Brasileiro, porém já demonstrou receio em ser prejudicado após tantas queixas. O goleiro concordou: “Pode acontecer porque todo o mundo vem falando muito. Às vezes, uma situação não tem nada a ver com o Corinthians e colocam o nome do Corinthians. De repente, acontecerá um lance duvidoso com a gente e o árbitro não fará a coisa certa”.

Independentemente de quem esteja a favor ou seja anti, no entanto, Cássio almeja continuar fazendo as coisas certas para ser premiado com o título nacional no final da temporada. O Corinthians já alcançou os 50 pontos na tabela, contra 45 do Atlético-MG e 44 do Grêmio, adversário da noite de quarta-feira, em Itaquera.

“É uma vantagem. Falou-se muito que perdemos pontos agora, mas quem deve se preocupar é quem está mais embaixo. Conforme as rodadas vão passando, a pressão aumenta para eles”, concluiu o tranquilo Cássio.