A indefinição do treinador do Corinthians para próxima temporada, que agora passa por uma possível volta de Tite, tornou-se assunto diário no CT Joaquim Grava. A desconfortável situação de Mano Menezes, atual comandante da equipe, é comentada incessantemente pelos jogadores que concedem entrevistas no centro de treinamento do clube.

– A gente não comentou sobre isso ainda (dúvida sobre o futuro de Mano Menezes), vamos em busca da vaga na Libertadores. Vai ter mudanças, mas devemos pensar nisso e sim focar na vaga na Libertadores, devemos deixar a parte de programação para 2015 para nossa diretoria – argumentou Anderson Martins, zagueiro com pouco mais de quatro meses de "casa" no Corinthians.

Os atletas mais experientes do clube também não escapam do assunto. Renato Augusto e Danilo que o digam! Sem saber quem será seu comandante no início do ano que vem, os meias mostraram-se, ao menos no discurso, focados na reta final do Campeonato Brasileiro. Na quinta posição na classificação, o Corinthians tem sete rodadas para conseguir voltar ao grupo de acesso à Libertadores.

– É uma situação inusitada, nunca passei por isso, de começar uma pré-temporada sem o treinador, tanto o Sylvinho quanto o Fábio (Carille) conhecem o grupo, são de casa.

Mas tem muita coisa para rolar até lá, temos de pensar no campo. Se fizermos nosso papel, se conseguimos a vaga na Libertadores, pode mudar muita coisa.

Tem muita água para passar pela ponte – disse Renato Augusto, lembrando a possibilidade de os atuais auxiliares-técnicos comandarem o time em janeiro.

– É difícil falar agora porque não sabe o que vai acontecer na frente. Temos de pensar é nesses jogos até o final do ano.

Espero que possa dar tudo certo e que iniciamos um ano bom, com vitórias e títulos – acrescentou o veterano Danilo, que já havia sido comandado por Mano Menezes em 2010, na primeira passagem do treinador pelo clube alvinegro.

FALA, PROFESSOR!
Nem mesmo Mano Menezes escapa dos questionamentos sobre sua permanência ou não no Corinthians para a próxima temporada. Com contrato vigente até dezembro deste ano, o treinador é obrigado a, quase semanalmente, se esquivar das perguntas a respeito de seu futuro.

– Minha meta é até dezembro primeiro. Tenho contrato até lá e é assim que enxergo meu trabalho – diz, metodicamente, o treinador do Corinthians.