3/4/2014 14:08
Superintendente do MTE explica 'opinião' e nega pressão do governo
Após entrevista polêmica, Luiz Antônio de Medeiros cita diversos problemas na obra e diz que não está sendo pressionado para a entrega rápida do estádio
Reunião MT trata das obras da Arena Corinthians
(Foto: Fabrício Crepaldi/ GloboEsporte.com)
O superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego de São Paulo, Luiz Antônio de Medeiros, disse em entrevista à "Folha de São Paulo" que, se a Arena Corinthians não fosse estádio de Copa do Mundo, já estaria com a obra suspensa há muito tempo por conta dos problemas e acidentes que ela registra desde o início dos trabalhos no local.
Nesta quinta-feira, após reunião com representantes da Fast Engenharia sobre as medidas de segurança no local, ele explicou a declaração. A empresa é a responsável pela montagem das arquibancadas provisórias, onde o operário Fábio Hamilton da Cruz faleceu no último sábado.
- É uma avaliação minha, pelo que converso com os técnicos. Teve muito problema em terceirização, excesso de horas extras, de falta de folga, tudo quanto é problema. Representando o Ministério do Trabalho, eu quero garantir a vida das pessoas e disso não abrimos mão. Se fosse em outro momento, não sei como essa obra andaria. Mas há uma urgência nacional, só que ela não pode comprometer a vida - disse.
O Ministério do Trabalho e Emprego é um órgão ligado ao governo, que tem interesse na rápida conclusão da obra por conta da Copa do Mundo. Mesmo assim, de acordo com o superintendente, não há nenhuma pressão para o retorno do trabalho de montagem das arquibancadas provisórias, suspensas desde a última segunda-feira.
- Estou informando o ministro de tudo, o chefe da Secretaria de Inspeção do Trabalho. Todos sabem que estamos trabalhando com a garantia da vida. Isso é sagrado. Não estamos recebendo pressão do governo federal para abrir mão de coisas que colocam em risco a vida das pessoas. Os técnicos só vão liberar se tiverem convicção de que não haverá mortes. Não há outro jeito. Isso é inegociável - completou.
Na reunião desta quinta-feira, a Fast Engenharia e membros do MTE se reuniram em São Paulo para definir as medidas de segurança que serão tomadas na região das arquibancadas provisórias.
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