Andrés Sanchez solicitou afastamento do Conselho Deliberativo do Corinthians, onde possui cargo vitalício, e do CORI (Conselho de Orientação), após ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e crime tributário. O ex-presidente do Corinthians está sob investigação por uso inadequado do cartão corporativo do clube durante sua gestão.

Segundo o MP-SP, Sánchez teria utilizado cerca de R$ 480 mil do cartão do clube para despesas pessoais, que incluem compras de artigos de luxo e viagens. Na tarde de quarta-feira (15), Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, aceitou o pedido de afastamento de Sánchez. Ele, que comandou o clube em dois mandatos, entre 2007 a 2011 e de 2018 a 2020, agora focará em sua defesa legal.

Além de Sánchez, Roberto Gavioli, também indiciado pelo MP-SP, foi afastado do cargo de superintendente financeiro do Corinthians para se defender. As acusações que pesam sobre ele envolvem negligência na supervisão e controle das despesas realizadas com os cartões corporativos sob sua gestão.

A investigação começou em agosto e examina possíveis irregularidades nas gestões do Corinthians desde 2018, envolvendo os ex-presidentes Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, todos sendo investigados por supostos abusos no uso do cartão corporativo.

Em um caso anterior, Andrés Sanchez reconheceu ter feito uso inadequado do cartão de crédito do clube durante uma viagem de Réveillon ao Rio Grande do Norte, em 2020, tendo devolvido R$ 15 mil aos cofres do clube. Contudo, novas despesas detectadas pelo MP incluem compras em uma joalheria e refeições em um restaurante em Fernando de Noronha, que muito provavelmente também estão ligadas a viagens pessoais do ex-presidente.