Em meio à instabilidade política do Corinthians, a discussão sobre uma reforma estatutária ganha força. Durante a invasão das torcidas organizadas ao Parque São Jorge, na tarde desta terça-feira (3), a reivindicação por mudanças no funcionamento do clube social foi palavra de ordem.
A principal contestação é sobre as eleições do Corinthians. Atualmente, somente os associados podem votar para eleger o mandatário do Timão. A demanda das organizadas é para que os membros do Fiel Torcedor, programa de sócios, possam participar da escolha do dirigente. Atualmente, o Corinthians tem aproximadamente 117.579 membros no programa Fiel Torcedor.
Qualquer mudança só pode ocorrer após despacho do Conselho Deliberativo. O presidente, Romeu Tuma Jr., declarou ser favorável a uma reforma no estatuto; entretanto, a proposta ainda não evoluiu no órgão. Outras forças do clube também atuam nesse sentido, com ideias que incluem a alteração do período de elegibilidade.

A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, enviou uma proposta para alteração no estatuto no dia 12 de julho de 2024. Na ocasião, se reuniu com os dirigentes do Conselho Deliberativo do clube alvinegro.
Cresce a pressão por mudanças no estatuto do Timão. Só estão aptos para votar os associados do clube com mais de cinco anos de vínculo, titulares do plano e com as mensalidades em dia. Nas eleições de 2023, vencidas por Augusto Melo, cerca de 4,5 mil sócios puderam eleger o presidente e os conselheiros.
A situação deve se repetir no dia 9 de agosto, data em que o Conselho Deliberativo do Corinthians marcou a assembleia-geral dos sócios, que irá decidir permanentemente pela destituição, ou não, de Augusto Melo.
Dentro do clube, o assunto também ganha força. Chapas da situação e oposição defendem a mudança do estatuto. Uma delas é a Arquibancada 85, contrária a Augusto Melo, mas o discurso também foi encabeçado pelas chapas 30 e a Chapa São Jorge 77, aliadas do antigo dirigente.