Muito próximo de um acerto para acabar com a dívida que tem pela Arena na Caixa Econômica Federal, o Corinthians projeta um prazo de cinco anos para finalizar todas as pendências financeiras equivalentes aos títulos similares a precatórios, que serão comprados pelo clube com deságio.
A oficialização do novo acordo depende de processos burocráticos. O clube pretende quitar o seu débito com a Caixa comprando dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo. A dívida será com uma empresa dona dos títulos (clique e entenda detalhadamente).
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A projeção do prazo é feita pelo Wesley Melo, diretor financeiro do Timão:
– Minha dívida vai ser residual. Significa quitar a dívida da Arena? Esses R$ 700 milhões com a Caixa estarão quitados. Aí vou pagar um valor residual em cinco ou oito anos, o que ainda está sendo discutido, para esse cedente do título. Vai ser algo muito suave. Não vou ter mais a despesa de juros, que é muito alto. Todo mundo ganha com essa operação – disse, em live do site "Meu Timão".
– O que a gente está conversando é de pagar direto o valor para essa empresa em cinco ou oito anos, provavelmente cinco, e só com correção da IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), sem os juros. E nessa projeção, podemos pagar de uma maneira relativamente tranquila. Teremos, por exemplo, a receita de bilheteria para pagar – projetou.
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Duilio Monteiro Alves recebe Carlos Vieira, presidente da Caixa, na Arena do Corinthians — Foto: Rubens Machado
Duilio Monteiro Alves recebe Carlos Vieira, presidente da Caixa, na Arena do Corinthians — Foto: Rubens Machado
Wesley Melo, que por um pedido da Caixa não pôde detalhar os novos valores e o nome exato do título, fez questão de deixar claro que o banco também se beneficiará com a solução:
– Quem abre mão de algum valor a receber é o cedente ao título, não é Caixa nem Governo. A empresa detentora (dos títulos) é uma empresa privada, tem sócios. Existem cláusulas de sigilo.
No domingo, o presidente da Caixa visitou a Neo Química Arena. Em nota, o Corinthians afirmou que, "com a proposta para a quitação da dívida com a Caixa equacionada e em trâmites nos devidos órgãos de controle, a visita institucional serviu para o presidente conhecer in loco nossa casa, reforçando a parceria entre as partes".
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Duilio revela valores da receita e da dívida atual do Corinthians
A grosso modo, o Timão vai trocar uma enorme dívida da Arena com a Caixa por outras dívidas, com a diferença de que a compra destes títulos semelhantes aos precatórios é feita com um grande desconto (que podem chegar a até 90%).
Ou seja, o clube segue com uma dívida relacionada ao estádio, mas com valor menor.
Além disso, a nova proposta do Corinthians inclui os valores dos naming rights da Arena. Os pagamentos da Hypera Pharma iriam diretamente para a conta da Caixa, sem nem passar pelo clube.
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Neo Química Arena antes de Corinthians x Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli
Neo Química Arena antes de Corinthians x Fortaleza — Foto: Marcos Ribolli
Em 2020, o Corinthians vendeu os naming rights do seu estádio para a Hypera Pharma por R$ 300 milhões. O contrato, válido até 2040, tem uma arrecadação base de R$ 15 milhões por temporada, mas anualmente é corrigido pelo IGP-M . O valor atual é do acordo é de R$ 17,8 milhões por ano.
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