A relação entre o esporte e a inclusão social é algo que tem sido cada vez mais destacado na imprensa, em veículos como o
Jornal Esportes. Em regiões deficitárias de ações do Estado, com altos índices de pobreza e escassez de recursos, o esporte é um importante espaço na socialização dos jovens.
Assim, não é difícil encontrar no discurso de jogadores de futebol ou atletas de outras modalidades a história de pessoas vinculadas a projetos sociais que conseguiram enfrentar as dificuldades e vencer na vida. Em muitos casos, o esporte e a assistência social caminham juntos para melhorar as condições humanas.
Dito isso, é notável que muitos jogadores de futebol, alguns em atividade, outros já aposentados, criem institutos e organizações não governamentais para ajudar crianças carentes e que não possuem apoio financeiro como forma de garantir uma existência digna.
Em Santos, no litoral paulista, o atacante Neymar, do Paris Saint Germain, criou o Instituto Neymar Jr, que é gerenciado por sua família. O local foi fundado em 2014, no Jardim Glória, onde ele passou boa parte da infância e da adolescência. Essa foi a forma que a estrela da seleção brasileira encontrou para ajudar pessoas que, como ele, tiveram dificuldades na vida.
"Eu sempre falo que, nessa época, se não fosse pelo futebol e pelo fato de a minha família ser tão presente, o meu futuro poderia ter sido outro.Poder contribuir para algo bom na vida delas é muito importante para mim. O futebol me deu tudo, então é por causa do que eu amo fazer que temos o Instituto Neymar", declarou Neymar ao UOL recentemente.
Outro que mantém um espaço semelhante, só que há mais tempo, é Lionel Messi, um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Em 2007, ele criou a Fundação Lionel Messi, sem qualquer fim lucrativo. Suas ações são mundiais, e incluem saúde, educação e atividades físicas e escolares para crianças e adolescentes. A Fundação participa do apoio à pesquisas e combate ao câncer e
desenvolve diversas ações sociais, como a #ParaLosValientes.
Entre os ex-jogadores brasileiros, a lista de benfeitores também é grande. Um deles é Rivaldo, camisa 10 na conquista do penta e melhor jogador do mundo em 2002.
Ele é fundador da Instituição Rivaldo 10, que realiza ações sociais no Brasil e em Angola, país africano que ele defendeu quando já estava no fim da carreira com atleta profissional.
As ações beneficentes são voltadas para crianças em condições sociais vulneráveis e oferece educação e práticas esportivas. A ação é semelhante à promovida por Ronaldo Fenômeno no instituto Criando Fenômenos, concebido por ele em 2012. O local, que fica em São Paulo, tem como objetivo contribuir para a qualidade de vida de moradores das periferias paulistanas.
Além deles, outros nomes de destaque do futebol nacional, como Cafu, Raí e Edmilson também mantêm posições semelhantes.